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CÂMARA
Família de militar morto em junho durante escolta de filho de Lula é beneficiada
Aprovada indenização por Alcântara
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados aprovou ontem o pagamento de indenização às famílias das vítimas do
acidente da base de Alcântara, no
Maranhão. No final de agosto, a
explosão do foguete lançador de
satélites deixou 21 mortos.
No projeto de lei do Executivo
foi incluída a família do segurança
do subtenente do Exército Alcir
José Tomasi, morto em 19 de junho, enquanto fazia a escolta de
Sandro Luiz, 24, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A indenização, em parcela única, será calculada pela remuneração fixa do servidor recebida no
mês anterior ao acidente, multiplicada pelo número de anos que
faltava para ele completar 65
anos. O projeto ainda concede
bolsa de estudo aos dependentes
dos servidores até que eles completem 24 anos.
A oposição tentou estender o
tratamento dado à família do subtenente Tomasi às famílias dos
demais militares mortos em serviço. "O presidente Lula é o chefe
maior das Forças Armadas. Ele
não pode tratar diferente um de
seus membros", afirmou o líder
do PFL, José Carlos Aleluia (BA).
De acordo com o projeto de lei,
o valor da indenização não poderá ser inferior a R$ 100 mil. A bolsa de estudo para os dependentes
será de R$ 400 mensais, devendo
ser atualizada anualmente, sempre no mês de janeiro.
O PSDB e o PFL também defenderam que o salário da vítima fosse multiplicado pelo número de
meses que faltava para ela completar 65 anos, e não pelo número
de anos. "Esse governo está enganando todo mundo. Ninguém vai
conseguir ganhar mais do que R$
100 mil", disse Aleluia.
Um dos vice-líderes do governo, deputado Professor Luizinho
(PT-SP), ressaltou que as famílias
também receberão pensão. "Essas
famílias poderiam ir à Justiça e
demorar anos para receber. O governo já está assegurando as indenizações", disse o líder do PT, deputado Nelson Pellegrino (BA).
O texto aprovado ontem ainda
precisa ser votado no Senado.
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