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São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2003

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CÂMARA

Família de militar morto em junho durante escolta de filho de Lula é beneficiada

Aprovada indenização por Alcântara

FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara dos Deputados aprovou ontem o pagamento de indenização às famílias das vítimas do acidente da base de Alcântara, no Maranhão. No final de agosto, a explosão do foguete lançador de satélites deixou 21 mortos.
No projeto de lei do Executivo foi incluída a família do segurança do subtenente do Exército Alcir José Tomasi, morto em 19 de junho, enquanto fazia a escolta de Sandro Luiz, 24, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A indenização, em parcela única, será calculada pela remuneração fixa do servidor recebida no mês anterior ao acidente, multiplicada pelo número de anos que faltava para ele completar 65 anos. O projeto ainda concede bolsa de estudo aos dependentes dos servidores até que eles completem 24 anos.
A oposição tentou estender o tratamento dado à família do subtenente Tomasi às famílias dos demais militares mortos em serviço. "O presidente Lula é o chefe maior das Forças Armadas. Ele não pode tratar diferente um de seus membros", afirmou o líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA).
De acordo com o projeto de lei, o valor da indenização não poderá ser inferior a R$ 100 mil. A bolsa de estudo para os dependentes será de R$ 400 mensais, devendo ser atualizada anualmente, sempre no mês de janeiro.
O PSDB e o PFL também defenderam que o salário da vítima fosse multiplicado pelo número de meses que faltava para ela completar 65 anos, e não pelo número de anos. "Esse governo está enganando todo mundo. Ninguém vai conseguir ganhar mais do que R$ 100 mil", disse Aleluia.
Um dos vice-líderes do governo, deputado Professor Luizinho (PT-SP), ressaltou que as famílias também receberão pensão. "Essas famílias poderiam ir à Justiça e demorar anos para receber. O governo já está assegurando as indenizações", disse o líder do PT, deputado Nelson Pellegrino (BA).
O texto aprovado ontem ainda precisa ser votado no Senado.


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