DA REPORTAGEM LOCAL

Leonel Brizola, presidente do PDT -único partido brasileiro a fazer parte da Internacional Socialista-, foi indicado ontem para ser presidente de honra da entidade. Ele deixa a vice-presidência.
Na prática, a decisão tomada pelos delegados dos principais partidos social-democratas e socialistas do mundo, que se reúnem para o 22º congresso da entidade -que termina hoje-, em São Paulo, tira poder do PDT.
Ocupam a vice-presidência, de que se despede Brizola, as principais lideranças da entidade, como o chanceler alemão, Gerhard Schröder, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D'Alema.
Ao todo, a Internacional conta com 25 vice-presidentes e 14 presidentes de honra. O presidente é o ex-primeiro ministro português António Guterres.
Segundo Brizola, a decisão foi sua. "Usei a palavra dizendo que era muito grato pela preferência de meu nome para ser vice. Com doze anos, já me sentia... Quem gosta de reeleição é o FHC. E o Lula já anda falando nisso. Eu havia cumprido meu quarto de hora."
Na avaliação de Brizola, o PT -que no papel de "observador" teve muito mais relevância que o PDT como integrante- fez neste ano uma espécie de "exame oral" para entrar na internacional. "Falaram todos", afirmou.
Passaram? "Só daqui a três anos vamos saber." (RC)


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