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Mitterrand foi
atacado por usar
ipê em biblioteca
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente francês François Mitterrand (1916-1996)
enfrentou duras críticas de
ambientalistas por ter utilizado o ipê, árvore nativa do
Brasil e tida como "exótica"
pelos franceses, no novo
prédio da Biblioteca Nacional da França.
Em 1995, quando Mitterand inaugurou a nova biblioteca nacional, em Paris,
ambientalistas criticaram o
uso de seis hectares -o
equivalente a 60 mil metros
quadrados- da madeira
brasileira no pátio interno.
A abertura da biblioteca
foi tida como um dos principais projetos arquitetônicos
deixados pelo presidente
francês. O total da madeira
usada seria referente a mais
de mil pés de ipês, segundo
cálculos de organizações de
defesa do ambiente na época, que acusaram o governo
francês de hipocrisia por sua
defesa da preservação da floresta amazônica.
O projeto do arquiteto Dominique Perrault custou
US$ 1,6 bilhão (mais de R$ 4
bilhões) e foi projetada para
abrigar 12 milhões de volumes em quatro torres de vidro de 78 metros de altura.
Os leitores ficam no subsolo.
A obra chegou a ser considerada faraônica e provocou
debate por ser considerada
ecologicamente incorreta.
Além do pátio interno de
ipê, madeira normalmente
usada para revestimento por
resistir a intempéries, foram
usados outros materiais provenientes de lugares como a
África.
(EDS E JD)
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