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OUTRO LADO
Faltavam provas para demissões, diz governador
DA AGÊNCIA FOLHA
O governador de Roraima,
Flamarion Portela (PT), declarou que, antes da operação da
Polícia Federal, não havia elementos concretos suficientes
para exonerar de seus cargos as
três pessoas de primeiro e segundo escalões de seu governo
supostamente envolvidas no
"esquema gafanhoto".
Na quarta-feira, depois da
prisão ou do decreto de foragidos da Justiça de seus três funcionários, Portela resolveu demitir Vera Regina, Ângelo Paiva e Berinho Bentim.
"Não exonerei essas pessoas
antes porque precisava esperar
alguma ação que me apontasse
elementos concretos contra
elas. Mas é preciso dizer que essas prisões são apenas para o
indiciamento. Eles terão amplo
direito à defesa. Ainda há uma
investigação. Com a comoção
pública que o fato gerou, tive de
exonerar", disse Portela.
Segundo a assessoria do governador, um dos envolvidos
no esquema, o ex-deputado
Ângelo Paiva, que era diretor
da Polícia Judiciária do Estado,
não teria sido escolhido por
Portela, mas, sim, pelo secretário da Segurança Pública, Francisco Sá Cavalcanti.
Alcir da Rocha, advogado
dos três funcionários exonerados pelo governador Portela,
disse que "a prisão deles é desnecessária".
"Esse inquérito está rolando
desde setembro de 2002, durante esse tempo todo a PF fez
uma série de investigações. Se
eles quisessem fugir, teriam fugido", afirmou.
"Precisamos que os fundamentos seja respeitados. A PF
mantém muitos resquícios do
tempo militar. Houve excesso
por parte da polícia", disse o
advogado.
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