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São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

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OUTRO LADO

Faltavam provas para demissões, diz governador

DA AGÊNCIA FOLHA

O governador de Roraima, Flamarion Portela (PT), declarou que, antes da operação da Polícia Federal, não havia elementos concretos suficientes para exonerar de seus cargos as três pessoas de primeiro e segundo escalões de seu governo supostamente envolvidas no "esquema gafanhoto".
Na quarta-feira, depois da prisão ou do decreto de foragidos da Justiça de seus três funcionários, Portela resolveu demitir Vera Regina, Ângelo Paiva e Berinho Bentim.
"Não exonerei essas pessoas antes porque precisava esperar alguma ação que me apontasse elementos concretos contra elas. Mas é preciso dizer que essas prisões são apenas para o indiciamento. Eles terão amplo direito à defesa. Ainda há uma investigação. Com a comoção pública que o fato gerou, tive de exonerar", disse Portela.
Segundo a assessoria do governador, um dos envolvidos no esquema, o ex-deputado Ângelo Paiva, que era diretor da Polícia Judiciária do Estado, não teria sido escolhido por Portela, mas, sim, pelo secretário da Segurança Pública, Francisco Sá Cavalcanti.
Alcir da Rocha, advogado dos três funcionários exonerados pelo governador Portela, disse que "a prisão deles é desnecessária".
"Esse inquérito está rolando desde setembro de 2002, durante esse tempo todo a PF fez uma série de investigações. Se eles quisessem fugir, teriam fugido", afirmou.
"Precisamos que os fundamentos seja respeitados. A PF mantém muitos resquícios do tempo militar. Houve excesso por parte da polícia", disse o advogado.


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