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Outro lado
Para advogado, doleiros dizem "qualquer coisa"
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Nélio Machado diz que os depoimentos
dos doleiros sobre supostas
remessas ilegais ao Opportunity Fund "não têm qualquer
credibilidade". "Esses doleiros estão envolvidos em delação premiada e falam qualquer coisa para ter uma pena
menor", afirma.
Para ele, não há nada nos
depoimentos que aponte
uma relação entre o banco
Opportunity e doleiros.
"O Opportunity não tem e
nunca teve relação com doleiros. Os clientes do Opportunity também não faziam
esse tipo de coisa, pelo que
eu sei", afirma.
A principal prova de que o
banco não operava com remessas ilegais, segundo Machado, foi a decisão do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional reformando uma decisão da
CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) que condenara
executivos do Opportunity.
No processo da CVM, o órgão considerou que o Opportunity violou as normas ao
receber investimentos de
brasileiros em um fundo restrito a estrangeiros.
"O delegado [Ricardo Saadi] colocou em seu relatório
as remessas, e a decisão do
Conselho de Recursos aparece num pé de página, bem pequenininho, como uma decisão do "conselhinho". Ora, é o
Conselho de Recursos do
Sistema Financeiro Nacional. A maneira como o delegado trata o órgão já diz tudo", afirma Machado.
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