São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 2000

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TESTEMUNHA

Motorista trabalha como contínuo

Eriberto França é hoje funcionário no Ministério dos Transportes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O motorista Eriberto França, uma das principais testemunhas do processo que culminou com o afastamento do ex-presidente Fernando Collor, trabalha hoje como contínuo do Ministério dos Transportes.
Ele experimentou a notoriedade logo depois de dar uma entrevista à revista "IstoÉ", em julho de 1992, na qual revelou detalhes do esquema de corrupção no governo. Pelo fato de ter feito a denúncia, ele recebeu várias homenagens em diferentes cidades do país.
Depois da queda de Collor, a vida do motorista piorou. França enfrentou problemas econômicos e pessoais, entre eles a separação de sua mulher.
Há cinco anos, Odacir Klein, então ministro dos Transportes, contratou França para trabalhar em seu gabinete por um salário mensal de R$ 600.
Apesar das trocas de ministros e de ele não ser concursado, França continua trabalhando para o gabinete do ministro, hoje Eliseu Padilha, e atualmente sua função principal é carregar documentos no ministério.
França era motorista de Ana Acioli, secretária de Collor, e contou à "IstoÉ" e depois à CPI como parte do dinheiro do esquema montado por Paulo César Farias, o PC, era depositado em contas fantasmas.


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