São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2005

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Mexicanos devem abrir banco no Brasil

DO ENVIADO ESPECIAL A DAVOS

O grupo mexicano Salinas, um dos maiores do país, decidiu abrir um banco popular no Brasil, o Azteca, muito próximo do modelo de microcrédito iniciado pelo governo brasileiro em 2003.
Ricardo Salinas, presidente do conglomerado que inclui a TV Azteca e uma operadora de celular, foi recebido ontem pelo presidente Lula e pelos ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Luiz Furlan (Desenvolvimento).
Salinas disse que a conversa foi muito boa e que Lula lhe disse que o governo tem todo o interesse em que grupo abra o banco no país, por contribuir para o crescimento da economia e para o projeto de bancarização das camadas pobres da população.
Segundo Salinas, o banco Azteca é uma experiência recente e foi um sucesso no México. Aberto apenas há dois anos, já conta com seis milhões de clientes e depósitos de US$ 2 bilhões. Até agora foram feitas quatro milhões de operações de empréstimos e financiamentos, com créditos concedidos de US$ 1,5 bilhões. De acordo com ele, com apenas US$ 5 pode-se abrir uma conta no banco.
Segundo Salinas, Lula lhe disse que o governo fará o possível para que a autorização para o banco atuar no Brasil saia o mais rápido possível. Lula acredita que será apenas uma questão de meses para a instituição começar a operar no país. Salinas elogiou a condução da política econômica brasileira. "As cifras do país de 2002 para cá são espetaculares. Nós temos muito interesse em investir no Brasil", afirmou. (LS)


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