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OUTRO LADO
Acusações são improcedentes, afirma Unesco
DO COLUNISTA DA FOLHA
"Estou convencido de que
cumprimos com rigor todos
os compromissos assumidos com o INSS", disse à Folha Jorge Ricardo Werthein,
dirigente da Unesco no Brasil. ""Os acordos são absolutamente legais."
Marlova Noleto, diretora
técnica da Unesco, mencionou um dos "frutos" da cooperação: a criação da UniPrev (Universidade Corporativa da Previdência), instituição de ensino voltada aos
profissionais da Previdência.
Noleto não se furtou à autocrítica: "Tivemos falhas.
Não estou convencida de
que foi um êxito total. Mas
houve bom produto final, a
Universidade Corporativa".
Mercê das contratações
terceirizadas, o atendimento
do INSS no Rio, São Paulo,
Salvador, Recife e Brasília teria melhorado. Noleto disse
desconhecer a contratação
de serviços de "copeiragem,
limpeza, transportes e operação de elevadores".
Marcelo Braconi, sócio da
CTIS, a empresa que selecionou os terceirizados, disse
que já esclareceu, em depoimento à Polícia Federal, que
não foram contratados "copeiros, ascensoristas ou faxineiros". "Nosso pessoal operava micros e fazia trabalho
de apoio no processo de
concessão de benefícios."
Roberta Macêdo Martins,
assessora jurídica da Unesco, classificou de "improcedente" a acusação de que a
entidade foge à investigação.
Os funcionários da Unesco,
diz, estão funcionalmente
protegidos pela Convenção
de Privilégios da ONU, de
1963. Por isso se negaram a
depor como testemunhas.
Quanto à taxa de administração cobrada pela Unesco,
disse que é "comum aos
acordos". No caso do INSS,
foi de 10% no primeiro
(1998) e de 8% no segundo
(2000). A Unesco, diz Martins, se ofereceu a dar "esclarecimentos por escrito".
A Folha não conseguiu ouvir ex-dirigentes do INSS
implicados no caso.
(JS)
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