São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2005

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OUTRO LADO

Acusações são improcedentes, afirma Unesco

DO COLUNISTA DA FOLHA

"Estou convencido de que cumprimos com rigor todos os compromissos assumidos com o INSS", disse à Folha Jorge Ricardo Werthein, dirigente da Unesco no Brasil. ""Os acordos são absolutamente legais."
Marlova Noleto, diretora técnica da Unesco, mencionou um dos "frutos" da cooperação: a criação da UniPrev (Universidade Corporativa da Previdência), instituição de ensino voltada aos profissionais da Previdência.
Noleto não se furtou à autocrítica: "Tivemos falhas. Não estou convencida de que foi um êxito total. Mas houve bom produto final, a Universidade Corporativa".
Mercê das contratações terceirizadas, o atendimento do INSS no Rio, São Paulo, Salvador, Recife e Brasília teria melhorado. Noleto disse desconhecer a contratação de serviços de "copeiragem, limpeza, transportes e operação de elevadores".
Marcelo Braconi, sócio da CTIS, a empresa que selecionou os terceirizados, disse que já esclareceu, em depoimento à Polícia Federal, que não foram contratados "copeiros, ascensoristas ou faxineiros". "Nosso pessoal operava micros e fazia trabalho de apoio no processo de concessão de benefícios."
Roberta Macêdo Martins, assessora jurídica da Unesco, classificou de "improcedente" a acusação de que a entidade foge à investigação. Os funcionários da Unesco, diz, estão funcionalmente protegidos pela Convenção de Privilégios da ONU, de 1963. Por isso se negaram a depor como testemunhas.
Quanto à taxa de administração cobrada pela Unesco, disse que é "comum aos acordos". No caso do INSS, foi de 10% no primeiro (1998) e de 8% no segundo (2000). A Unesco, diz Martins, se ofereceu a dar "esclarecimentos por escrito".
A Folha não conseguiu ouvir ex-dirigentes do INSS implicados no caso. (JS)


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