Comissão virá ao Brasil depois de encontro de Lula com Sarkozy, em fevereiro

Roland Pellegrino/Associated Press

Ministro da Defesa da França, Hervé Morin, cumprimenta Jobim, ontem, em audiência em Paris

ELIANE CANTANHÊDE
ENVIADA ESPECIAL A PARIS

Depois de um encontro com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou ontem, em Paris, que o Brasil pretende instalar um "parque estratégico tecnológico, com capacitação autônoma" e que os equipamentos franceses serão fundamentais para o projeto.
Uma comissão francesa virá ao Brasil para acertar detalhes de cooperação e troca, depois que Sarkozy e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrarem na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, em 12 de fevereiro.
O "pacote" entre os dois países visa "avançar na modernização das Forças Armadas" do Brasil, com um submarino de propulsão nuclear, submarinos convencionais, produção de helicópteros e um projeto para formação de soldados semelhante ao modelo atual francês.
O ministro da Defesa da França, Hervé Morin, definiu a aliança estratégica entre os dois países como "um caso de amor". Jobim, porém, passou praticamente despercebido no Palácio de Elysée, onde as atenções se voltaram para o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore e, depois, para Bill Gates.
O assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia integrou a comitiva, mas cumpre agenda própria a partir de hoje para discutir o caso da franco-colombiana Ingrid Betancourt, que está seqüestrada pelas Farc.


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