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CRISE NA SUCESSÃO
Cúpula prefere liberar partido para coligações regionais
Dividido, PFL prefere não ter candidato à sucessão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Nem o surpreendente desempenho do empresário Silvio Santos na pesquisa CNT/Sensus, divulgada pela manhã (leia na pág.
A7), animou a cúpula do PFL,
reunida ontem à noite em jantar
no Palácio do Jaburu, a lançar
candidato próprio à Presidência.
A cúpula do PFL está dividida e
é hostil a qualquer aliança com o
tucano José Serra. Mas a maioria
do partido, segundo pesquisa interna, prefere que a legenda seja
liberada para fazer as alianças
mais convenientes nos Estados.
Para o jantar, o vice-presidente
Marco Maciel convidou governadores e ex-governadores que vão
disputar as eleições, prefeitos de
capitais, os líderes no Congresso e
a cúpula partidária. A ex-governadora do Maranhão Roseana
Sarney enviou sua posição por
meio do presidente do PFL, Jorge
Bornhausen (SC). Ela opinou que
o partido deve apoiar uma candidatura na eleição presidencial.
Essa mesma posição é defendida pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães (BA). Para ACM, o
fato de Silvio Santos aparecer em
segundo lugar na pesquisa CNT/
Sensus mostra que a candidatura
Serra não está consolidada: "O
Serra cai por qualquer fenomenozinho, apesar do esforço que o governo faz por ele". Ele acha que é
cedo para tomar uma decisão. "O
PFL será decisivo. A quem ele se
aliar, vai crescer bastante." Como
Roseana, ele gostaria de apoiar
Ciro Gomes (PPS): "Desde que ele
comande esse processo".
Bornhausen considerou a inclusão de Silvio na pesquisa encomendada pela CNT, presidida pelo pefelista Clésio Andrade, "uma
coisa muito mais pessoal do que
partidária". O PFL não crê que Silvio leve a candidatura adiante.
Na bancada majoritária dos que
preferem deixar o PFL sem candidato está Marco Maciel. É a melhor solução para ele, que em Pernambuco está aliado ao governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Segundo Bornhausen, 40% dos
congressistas manifestaram interesse na candidatura própria, mas
a cúpula pefelista estava pouco inclinada a examinar uma eventual
candidatura da empresária Maria
Sílvia Bastos Marques, que está
deixando a direção da CSN.
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