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Frente Trabalhista rompe no RS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A reunião que tentaria salvar a
Frente Trabalhista -da qual fariam parte PDT, PTB e PPS- no
Rio Grande do Sul, na manhã de
ontem, foi suspensa, o que mostra, na prática, o rompimento do
PDT e do PTB com o PPS no Estado, faltando apenas a oficialização
da decisão.
A Frente Trabalhista é a aliança
que dá apoio, em nível nacional, à
candidatura de Ciro Gomes (PPS)
à Presidência. A princípio, esse
apoio não foi alterado com o rompimento regional.
O presidente nacional do PDT,
Leonel Brizola, chegaria às 20h de
ontem a Porto Alegre para, à noite, participar de encontro do seu
partido no qual seria confirmado
o lançamento de José Fortunati
como candidato próprio.
Já na noite de domingo ficou definida uma reunião das executivas
nacionais do PDT e do PTB para
hoje, em Brasília, com o objetivo
de formalizar a Frente Trabalhista
no Rio Grande do Sul, limitada
apenas aos dois partidos.
O presidente estadual do PPS,
Nelson Proença, recebeu a informação do cancelamento da reunião à meia-noite de anteontem e
disse que essa atitude dificulta a
formação de uma frente com viabilidade eleitoral no Estado.
O deputado estadual Mário
Bernd (PPS) foi enfático. ""Brizola
vetou Britto [o ex-governador
Antônio Britto, do PPS-RS". Depois, vetou Fogaça [senador José
Fogaça, do PPS-RS". Aí, dizem
que querem o Fogaça e voltam
atrás. Não dá para negociar com o
Brizola, mas, no PPS, ele não
manda. Não vejo outra alternativa
que não seja a de lançarmos a candidatura do Britto, seja com quem
for", afirmou.
Britto praticamente definiu sua
candidatura na semana passada,
o que deve ser oficializado amanhã, possivelmente com apoio do
PFL. O prazo que ele deu ao PDT
para a celebração de um acordo
foi ignorado por Brizola, que não
quis se submeter a uma imposição e repetiu sua rejeição à candidatura do PPS.
De acordo com Brizola, Britto
não estava ""no pacote" acertado
entre os três partidos no momento em que fecharam a Frente Trabalhista. Pelo "pacote", Ciro seria
candidato à Presidência, mas, no
Rio Grande do Sul, o PDT indicaria o candidato a governador, que
não seria Britto.
Documento firmado pelo PDT e
pelo PTB reafirma o apoio a Ciro e
estabelece que a aliança no Estado
será apenas entre os dois partidos.
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