São Paulo, sábado, 30 de maio de 2009

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EUA deixaram a organização por 20 anos

DA SUCURSAL DO RIO

Com orçamento anual de US$ 640 milhões, a Unesco administra menos verbas do que outras agências especializadas da ONU, como a OMS (Organização Mundial da Saúde). Sua importância, porém, deve-se aos assuntos politicamente sensíveis que promove, incluindo a preservação do patrimônio histórico -mote frequente de disputas entre países- e o direito à informação.
As posições da Unesco sofreram forte oposição dos Estados Unidos e de parte dos europeus nos anos 70 e 80, quando o diretor-geral era o nigeriano Amadou M'Bow, proponente de uma "nova ordem informativa mundial", sem o domínio de meios dos países ricos.
O presidente dos americano Ronald Reagan (1981-1989) tirou o seu país da organização em 1983, acusando M'Bow de promover políticas terceiro-mundistas e anti-israelenses.
Sem os EUA, a Unesco perdeu 25% do orçamento. O país só voltou à entidade em 2003 -na época, falou-se que o governo de George W. Bush pretendia buscar apoio à ofensiva contra o Iraque.
Hoje, EUA e Japão são os dois principais contribuintes da organização, que dedica a maior fatia de suas verbas aos programas de educação, incluindo o combate ao analfabetismo.
A eleição do japonês Koichiro Matsuura, há dez anos, marcou o apaziguamento das disputas internas na organização. Sua eleição não foi tão fácil quanto o Japão esperava: ele foi escolhido na terceira rodada de votação no Conselho Executivo.


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