São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2005

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Amigo de Lula nega que tenha sido favorecido

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O empresário Mauro Dutra, proprietário da Novadata, disse ontem que houve decréscimo nos contratos de sua empresa sob o governo Lula e negou conhecer Maurício Marinho, ex-chefe do Departamento de Compras e Administração de Materiais dos Correios: "Não conheço o Marinho, nem sabia que ele existia dentro dos Correios".
No vídeo em que foi flagrado recebendo propina, Marinho diz que a Novadata fez "acertos" com servidores dos Correios para obter reajuste de R$ 5,5 milhões no valor de um contrato e tentar vencer uma licitação.
Amigo antigo do presidente Lula, Dutra é um dos principais fornecedores de informática do governo. Em 2001, Lula passou o Réveillon na casa de Dutra, em Búzios, no Rio de Janeiro.
Na Corregedoria, Dutra disse que sua empresa vem sendo "discriminada" devido a sua "relação próxima com algumas pessoas do governo". Questionado pelos deputados se mantinha relacionamento pessoal com integrantes da direção do PT, disse conhecer o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, mas não o secretário-geral do PT, Sílvio Pereira. "Tudo o que vem sendo divulgado tem como fonte primária o depoimento do Marinho e uma carta anônima. São fontes de péssima qualidade."
Ele disse que as três licitações vencidas pela Novadata no governo Lula ocorreram por meio de pregão eletrônico e que houve "decréscimo" nos contratos em relação ao governo FHC.
Segundo ele, na área de informática, os Correios compraram R$ 300 milhões, sendo R$ 15 milhões desse montante referentes a Novadata -5%. "Ou seja, os Correios deixaram de ser um cliente importante." (SILVIO NAVARRO)


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