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Amigo de Lula
nega que tenha
sido favorecido
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O empresário Mauro Dutra,
proprietário da Novadata, disse
ontem que houve decréscimo nos
contratos de sua empresa sob o
governo Lula e negou conhecer
Maurício Marinho, ex-chefe do
Departamento de Compras e Administração de Materiais dos Correios: "Não conheço o Marinho,
nem sabia que ele existia dentro
dos Correios".
No vídeo em que foi flagrado recebendo propina, Marinho diz
que a Novadata fez "acertos" com
servidores dos Correios para obter reajuste de R$ 5,5 milhões no
valor de um contrato e tentar vencer uma licitação.
Amigo antigo do presidente Lula, Dutra é um dos principais fornecedores de informática do governo. Em 2001, Lula passou o Réveillon na casa de Dutra, em Búzios, no Rio de Janeiro.
Na Corregedoria, Dutra disse
que sua empresa vem sendo "discriminada" devido a sua "relação
próxima com algumas pessoas do
governo". Questionado pelos deputados se mantinha relacionamento pessoal com integrantes da
direção do PT, disse conhecer o
tesoureiro do partido, Delúbio
Soares, mas não o secretário-geral
do PT, Sílvio Pereira. "Tudo o que
vem sendo divulgado tem como
fonte primária o depoimento do
Marinho e uma carta anônima.
São fontes de péssima qualidade."
Ele disse que as três licitações
vencidas pela Novadata no governo Lula ocorreram por meio de
pregão eletrônico e que houve
"decréscimo" nos contratos em
relação ao governo FHC.
Segundo ele, na área de informática, os Correios compraram
R$ 300 milhões, sendo R$ 15 milhões desse montante referentes a
Novadata -5%. "Ou seja, os Correios deixaram de ser um cliente
importante."
(SILVIO NAVARRO)
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