São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2005 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TODA MÍDIA Nelson de Sá De passagem
Marcos Valério baixou na capital cercado por advogados e câmeras. Apresentação da Globo, à tarde, logo na chegada: - O empresário, acusado de ser o operador do "mensalão", está em Brasília. Eram depoimentos fechados, um na Polícia Federal, outro na Câmara, mas a cobertura acompanhou passo a passo. Da rádio Jovem Pan: - Valério chega à sede da PF... Entrou pela porta da frente... Ele não quis responder às perguntas. E assim prosseguiu, com entradas como "Valério está prestando depoimento", mas a notícia surgiu longe dali. Foi manchete na Folha Online e outros sites por algumas horas, até a goleada do Brasil sobre a Argentina: - CPI dos Correios quebra sigilos de Valério. Depois, antes dos sorrisos patrióticos sobre o jogo, o enunciado se repetiu no "Jornal Nacional" e demais. As andanças de Valério por Brasília e a quebra dos sigilos tornaram cansativas as horas de depoimento de José Múcio, atração do dia nos palcos dos canais de notícias. Até porque a transmissão do Congresso trombou, por mais de duas horas, com aquela do jogo, na Globo. Mas para hoje Globo News e Band News têm Roberto Jefferson na CPI, na boca de cena.
JUDY E MATT
Judith Miller, repórter do "New York Times" ameaçada de prisão por não revelar fontes, ganha ares de símbolo mundial. Chegou ao blog brasileiro de Tiago Dória, que encampou movimentos semelhantes no Irã e outros, a campanha que toma por base um site criado pela própria jornalista e com "link" para a Comissão de Repórteres pela Liberdade de Imprensa. De resto, após a decisão de segunda da Suprema Corte dos EUA, que não quis ouvir o recurso de Miller e de Matthew Cooper, da "Time", o próprio "NYT" saiu em campanha. Anteontem, fez editorial criticando o "golpe na imprensa livre e sem medo". Ontem foi a vez de William Safire, o lendário colunista aposentado há pouco, ressurgir num artigo em que comparou "Judy e Matt" a Henry David Thoreau. Mais CPI No dizer da Globo, à tarde, "para surpresa do governo, a sessão atingiu o quórum e está oficialmente criada a CPI dos Bingos". Na escalada da Record, Boris Casoy parecia anunciar o fim de uma novela: - A oposição consegue instalar a CPI que vai investigar Waldomiro Diniz. Mas o próprio âncora não se mostrou animado, comentando que a oposição perdeu o ímpeto depois da queda de José Dirceu -e que a CPI é hoje pouco mais que um instrumento de pressão sobre a outra CPI. E mais CPI Na escalada de manchetes do "Jornal Nacional": - A oposição instala CPI dos Bingos e o governo contra-ataca tentando criar outra CPI sobre compra de votos, para investigar desde o primeiro mandato de Fernando Henrique. Folha Online, outros sites e blogs acompanharam o caso o dia todo, sublinhando a entrada em cena de Lula, que "revogou medida provisória que trancava a pauta -e atrasava a CPI da Compra de Votos". @ - nelsondesa@folhasp.com.br Texto Anterior: Paraná: Secretário reafirma que lhe foi pedida mesada Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/Agenda positiva: Lula lança pacote anticorrupção "velho" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |