São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004

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ELEIÇÕES 2004/RAIO-X

São 121,39 mi, ou 67,71% da população, dos quais 119,82 mi estão inscritos para votar neste ano

Número de eleitores cresce 5,33% em relação a 2002

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anunciou ontem os números oficiais das eleições municipais deste ano: 119.821.569 brasileiros estão inscritos na Justiça Eleitoral para votar no próximo dia 3 de outubro, data do primeiro turno, quando serão eleitos a maioria dos 5.563 prefeitos e os 51.796 vereadores do país.
O cadastro nacional de eleitores tem o total de 121.391.630 nomes, incluindo o Distrito Federal, onde não há eleição municipal, e o exterior, cujos votantes participam apenas da escolha do presidente da República. O crescimento foi de 5,33% em relação às últimas eleições gerais, em 2002, quando havia 115.254.113 eleitores.
Vários Estados das regiões Norte e Nordeste do país tiveram uma variação no número de eleitores muito superior à média nacional: Amapá (13,26%), Pará (11,50%), Alagoas (10,57%), Maranhão (10,43%), Amazonas (8,89%) e Sergipe (8,33%).
O secretário de Informática do TSE, Paulo César Camarão, afirmou que a razão desses aumentos pode ser uma campanha de cadastramento mais eficiente por parte da Justiça Eleitoral nesses Estados para atrair pessoas cujo voto é facultativo: os analfabetos, os menores de 18 anos e os que têm mais de 70 anos.

Fantasmas
O secretário descartou o risco de ter havido a inclusão de eleitores fantasmas, afirmando que estão sendo feitas auditorias em locais onde há relação desproporcional entre eleitores e habitantes.
Camarão disse ainda que essa desproporção é mais freqüente em municípios com pequeno número de eleitores, porque a abertura de uma indústria no local ou em uma cidade vizinha, atraindo pessoas ou provocando êxodo, tem mais impacto proporcional.
Um exemplo disso é a cidade com o menor eleitorado do país: Borá, no interior de São Paulo, que tem 834 eleitores inscritos contra 809 habitantes, segundo a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No Distrito Federal e no exterior, que estão fora das eleições deste ano, houve redução no eleitorado, em relação a 2002, de respectivamente 0,51% e 15,14%.

Mais eleitoras
Na divisão por sexo, as mulheres são 51,18%, e os homens, 48,66%. Um grupo de 192.632 pessoas (0,16%) está inserido na coluna de sexo não informado, por ter havido um preenchimento incompleto do cadastro.
As mulheres são minoria somente em sete Estados, seis deles da região Norte: Acre, Amazonas, Mato Grosso (a exceção, já que fica na região Centro Oeste), Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Na região Norte, onde vários Estados apresentaram altos índices de crescimento do eleitorado, há 8.365.795 eleitores, que correspondem a 59,5% da população estimada pelo IBGE para essa área do país, de 14.064.366 pessoas.
O percentual da região Norte está próximo da média nacional de eleitores em relação à população, que é de 67,71%, considerando que a estimativa do IBGE para este mês de julho é de 179.281.663 habitantes no país.
Os 119.821.569 eleitores irão votar em 359.326 seções, o que representa uma média de 333 pessoas por urna eletrônica -haverá uma urna por seção.

Filas
O secretário de Informática do Tribunal Superior Eleitoral descartou o risco de haver filas nestas eleições por duas razões.
A primeira alegação dele é que houve um desmembramento das seções que possuem mais de 500 votantes, concentradas principalmente em São Paulo.
O outro motivo é que a eleição deste ano é mais simples: o eleitor precisará dar apenas nove toques no teclado da urna eletrônica para votar em dois candidatos (a prefeito e a vereador) contra 25 toques que precisou dar em 2002 para eleger seis candidatos (presidente, governador, dois senadores, deputados federal e estadual).
Sobre a apuração, Paulo César Camarão disse que 90% do resultado será conhecido até a meia-noite do próprio dia 3 de outubro. Só poderá haver segundo turno, no dia 31 de outubro, em 68 municípios (capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes). Isso caso o candidato a prefeito mais votado tenha menos votos que a soma do que for obtido por todos os adversários.


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