São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004

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Ricos e instruídos dão liderança folgada a Maia

DA SUCURSAL DO RIO

É o eleitor de perfil mais elitizado -escolarizado, de maior renda e mais velho- que está dando a vitória em primeiro turno ao prefeito Cesar Maia (PFL), candidato à reeleição no Rio de Janeiro.
A última pesquisa do Ibope, feita para a Rede Globo entre os últimos dias 24 e 26, mostra que Maia lidera em todos os segmentos pesquisados, mas seu resultado melhora entre eleitores com nível superior, com mais de 50 anos e com uma renda mensal familiar acima de cinco salários mínimos.
Os dados evidenciam que Maia e o segundo colocado na pesquisa, o senador Marcelo Crivella (PL), têm um perfil de eleitorado bastante distinto. Crivella se aproxima de Maia entre os eleitores de menor renda (menos de dois salários mínimos) e baixa escolaridade (até a 4ª série do ensino fundamental), mas tem alta rejeição entre os mais ricos e escolarizados.
Maia está com 41% das intenções de voto, bem a frente de Crivella, com 16%, e superando a soma de votos de todos os seus concorrentes (34%). A pesquisa foi registrada sob o número 11/2004.
Entre os eleitores de maior renda, o prefeito chega a 49%, mas cai para 31% entre os de menor renda. No caso de Crivella, o movimento é inverso: entre os mais ricos, cai para 8%, mas chega a 22% entre os mais pobres. Se só os eleitores de menor renda votassem, Maia continuaria a liderar, mas haveria um segundo turno.
A pesquisa mostra também que uma dificuldade que Crivella terá que superar para se aproximar de Maia é o alto índice de rejeição entre os cariocas com nível superior.
O candidato tem a maior rejeição, de 27%, em todo o eleitorado, mas a proporção de entrevistados que dizem que não votariam de jeito nenhum nele entre os mais escolarizados sobe para 48%. É por isso que, entre esses eleitores, sua intenção de voto é de só 3%.
Ao se analisar o desempenho de Maia nas regiões da cidade, de novo ele lidera em todo os grupos, mas seu percentual de intenção é menor na zona oeste, região onde, na eleição passada, ele teve a menor proporção de votos. Para crescer, o prefeito diz ter priorizado o investimento na zona oeste.


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