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OUTRO LADO
Licitações são legais, diz tribunal
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria de comunicação
do TRT (Tribunal Regional do
Trabalho) de São Paulo afirmou
que os dois contratos sob investigação do Ministério Público Federal "seguiram rigorosamente a
lei das licitações".
O tribunal disse ter oficiado a
Polícia Federal a respeito de supostas irregularidades na proposta da empresa de estacionamentos Autoparque.
A assessoria apresentou cópia
de ofício enviado ao superintendente da PF em São Paulo, Francisco Baltazar da Silva, pelo qual a
comissão de licitação informou
que uma das empresas da pré-qualificação apresentou "documentação que foi considerada incompatível com a verdade".
Segundo a assessoria, "a princípio" o tribunal "não tinha conhecimento" de que participante da
licitação para manutenção da frota estava ligado à empreiteira OAS
-embora o contrato social da
empresa de mecânica, que descreve a sociedade, tenha integrado a
primeira fase da concorrência.
Isso só teria ocorrido quando a
empresa apresentou recurso administrativo. No entanto, o TRT
frisou que "não há impedimento
legal" para a contratação de executivo que presta serviços ao tribunal em outro contrato.
"Transparência"
Paulo Emílio, irmão e sócio de
Augusto Uzêda na empresa, disse
que a licitação foi vencida "com
toda transparência". "Pode olhar
à vontade, embaixo desse tapete
não tem sujeira", disse Emílio.
O empresário voltou a dizer que
as outras empresas concorrentes
que venceram a licitação "não tinham condições de cumprir o
contrato", porque os preços apresentados seriam muito baixos.
Augusto Uzêda foi procurado
pela Folha nos últimos três dias. A
seção de comunicação interna da
OAS em São Paulo informou que
havia encaminhado o recado a
Uzêda, mas não houve retorno até
o final da tarde de ontem.
A reportagem também tentou o
telefone registrado em nome de
Uzêda em Salvador (BA), mas
ninguém atendeu às chamadas.
A Autoparque e a Estapar foram
procuradas para falar a respeito,
mas ninguém deu retorno a um
pedido de entrevista.
(RV)
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