São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 2002

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Servidor descarta greve agora

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os sindicatos e entidades que representam os servidores públicos federais ficaram insatisfeitos com o reajuste de 4% previsto no Orçamento da União para o próximo ano, mas avaliam que uma greve em fim de governo não surtiria efeito. A estratégia dos servidores será pressionar os congressistas para que o percentual possa ser aumentado.
Neste ano, o governo concedeu 3,5% de reajuste geral aos funcionários, percentual que começou a ser pago no início do ano. O índice foi concedido devido a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou a revisão geral anual dos salários dos servidores públicos federais.
Os sindicatos da categoria, que reivindicavam reposição de 75,48% devido às perdas salariais no período de 1995 a 2000, realizaram uma greve geral, mas a adesão foi baixa. Apenas algumas categorias, como os professores universitários e os servidores da Previdência Social, conseguiram aumentos acima dos 3,5%.
A Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), entidade que reúne os sindicatos dos servidores, vai preparar uma mobilização nacional para pressionar os congressistas. "Vamos buscar apoio no Congresso, principalmente da oposição, para apresentar emendas para aumentar o percentual de aumento proposto pelo governo", disse Gilberto Jorge, secretário-geral da entidade.
Segundo o diretor da CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social), Vladimir Nepomuceno, o reajuste é uma "satisfação" ao Supremo para evitar problemas com o tribunal. Para ele, o aumento é irrisório, pouco difere do concedido neste ano e não repõe nem a inflação do período. No projeto para 2003, a inflação prevista é de 6%.


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