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Servidor descarta greve agora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os sindicatos e entidades que
representam os servidores públicos federais ficaram insatisfeitos
com o reajuste de 4% previsto no
Orçamento da União para o próximo ano, mas avaliam que uma
greve em fim de governo não surtiria efeito. A estratégia dos servidores será pressionar os congressistas para que o percentual possa
ser aumentado.
Neste ano, o governo concedeu
3,5% de reajuste geral aos funcionários, percentual que começou a
ser pago no início do ano. O índice foi concedido devido a uma decisão do STF (Supremo Tribunal
Federal) que determinou a revisão geral anual dos salários dos
servidores públicos federais.
Os sindicatos da categoria, que
reivindicavam reposição de
75,48% devido às perdas salariais
no período de 1995 a 2000, realizaram uma greve geral, mas a adesão foi baixa. Apenas algumas categorias, como os professores
universitários e os servidores da
Previdência Social, conseguiram
aumentos acima dos 3,5%.
A Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), entidade
que reúne os sindicatos dos servidores, vai preparar uma mobilização nacional para pressionar os
congressistas. "Vamos buscar
apoio no Congresso, principalmente da oposição, para apresentar emendas para aumentar o percentual de aumento proposto pelo governo", disse Gilberto Jorge,
secretário-geral da entidade.
Segundo o diretor da CNTSS
(Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social),
Vladimir Nepomuceno, o reajuste é uma "satisfação" ao Supremo
para evitar problemas com o tribunal. Para ele, o aumento é irrisório, pouco difere do concedido
neste ano e não repõe nem a inflação do período. No projeto para
2003, a inflação prevista é de 6%.
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