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PT SOB SUSPEITA
Testemunha ainda avalia se comparece à CPI de Santo André
Empresária pode não ir à acareação
EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA
LIEGE ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
Integrante do rol de testemunhas de acusação no procedimento aberto pelo Ministério Público
para apurar a existência de um suposto esquema de extorsão em
Santo André para financiar campanhas do PT, a empresária Rosangela Gabrilli define hoje se
participará segunda-feira da acareação com Ronan Maria Pinto.
Anteontem, os vereadores da
CPI, todos da base de sustentação
do prefeito João Avamileno (PT),
decidiram encerrar os trabalhos
da comissão em 18 de setembro,
sugerindo antes disso apenas a
acareação entre Rosangela e Ronan, empresário do setor de
transporte da cidade.
Os advogados da empresária,
sócia da Expresso Guarará, querem analisar a legalidade de uma
acareação à comissão depois de a
Justiça de Santo André ter acolhido as denúncias da Promotoria
contra acusados de extorquir dinheiro de empresários da cidade.
Ronan, sócio da Expresso Nova
Santo André, o empresário Sérgio
Gomes da Silva e o vereador petista Klinger Luiz de Oliveira Souza,
secretário afastado de Serviços
Municipais, e outras três pessoas,
são acusados pela Promotoria de
chefiar uma suposta máfia da
propina na cidade.
Aos promotores, Rosangela disse que sua empresa, a Expresso
Guarará, pagava mensalmente
uma caixinha de R$ 40 mil. No total, ela diz ter desembolsado cerca
de R$ 2 milhões de propina.
Ontem, à Folha, o médico João
Francisco Daniel, irmão do prefeito assassinado Celso Daniel,
disse desejar uma acareação com
o assessor do presidenciável Luiz
Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, e com a ex-mulher do prefeito, Miriam Belchior.
O presidente da CPI, vereador
Antonio Leite (PT), que anteontem afirmou que não seria necessária nenhuma outra acareação
além da marcada para segunda-feira, disse ontem que a decisão
sobre uma acareação entre João
Francisco, Gilberto e Miriam caberá a todos os membros da comissão, na reunião de segunda.
Gilberto não fez objeção a uma
possível acareação. Afirmou que
estaria à disposição da CPI "para
qualquer esclarecimento". Miriam foi procurada anteontem e
ontem, mas não foi localizada pela reportagem.
João Francisco, em depoimento
à Promotoria e à CPI, afirmou que
Gilberto teria lhe contado que entregou R$ 1,2 milhão ao presidente do PT, José Dirceu, para financiar campanhas petistas. Miriam
teria confirmado que a propina
seria para financiar campanhas.
Todos negam a versão do médico.
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