|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SÃO PAULO
Petista busca recuperação, enquanto tucano já pensa no segundo turno
Genoino ataca Alckmin, que ataca Maluf
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA
Por motivos diferentes, os candidatos ao governo de São Paulo
José Genoino (PT) e Geraldo
Alckmin (PSDB) decidiram mudar de tática e vão passar a atacar
adversários na disputa eleitoral.
No caso de Genonio, o alvo é o
governador e candidato à reeleição, Alckmin. O tucano, por sua
vez, escolheu Paulo Maluf (PPB),
que lidera a corrida ao governo.
A cúpula petista está preocupada com a falta de arranque do
candidato nas pesquisas de intenção de voto. A partir da semana
que vem, os ataques ao governador serão transportados dos comícios para o horário eleitoral.
Nas duas últimas pesquisas, Genoino permanece estagnado na
casa dos dez pontos. A frente de
campanha petista admite que,
nesses levantamentos, o ideal seria ter crescido pelo menos três
pontos percentuais e ao mesmo
tempo ter visto seus principais
concorrentes em uma queda dentro da mesma proporção.
Para o partido, não serão ataques pessoais ao tucano, mas apenas uma "qualificação de oposição", pontuando de forma "didática" quais foram os erros das administrações tucanas de Mário
Covas e Alckmin (1995-2002).
As teclas a serem batidas contra
o candidato à reeleição continuam as mesmas: "venda do patrimônio público e aumento demasiado da dívida paulista, além
da falta de pulso no comando das
polícias Civil e Militar", nas palavras da própria cúpula petista.
Já a campanha do governador
colocou nas ruas ontem sua estratégia visando o segundo turno,
que consiste em "relembrar" ao
eleitor o que o tucano chamou de
"escândalos de Paulo Maluf".
Ontem, em Diadema, município da Grande São Paulo, o governador mudou o tom e disparou
críticas ao pepebista.
"Quem rouba é egoísta. Nosso
governo não pegou o dinheiro de
vocês para jogar na lata de lixo da
Paulipetro", disse Alckmin.
A Paulipetro foi criada em 79 na
gestão de Maluf à frente do governo paulista. A meta era procurar
petróleo e gás natural na bacia do
rio Paraná, mas, apesar de ter gasto entre US$ 200 milhões e US$
500 milhões, nada foi encontrado.
Aos jornalistas, Alckmin disse
que deverá levar a seus programas de rádio e TV os ataques a
Maluf. "Nossa campanha é centrada em propostas, mas, havendo necessidade, você relembra ao
eleitor esses absurdos", disse.
O governador citou casos em
que houve suspeitas de irregularidades e nos quais o nome de Maluf esteve envolvido. "O escândalo
das flores, mandava flor para todo
mundo para ganhar votos no Colégio Eleitoral, o escândalo dos
carros para cada jogador da seleção, Águas Espraiadas, Frangogate, é só escândalo."
Maluf negou que sua história na
política contenha escândalos: "O
governador, em vez de ficar inventando mentiras, devia explicar
a concorrência pública, citada pela Folha, segundo a qual foi feita a
concessão de duas estradas de São
Paulo com prejuízos de R$ 800
mil para os cofres públicos".
Texto Anterior: "A âncora é a geração de emprego", diz Dias Próximo Texto: Giro pelo País - Alagoas: Liminar do TRE obriga PT a levar senadora à TV Índice
|