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TODA MÍDIA
Galvão e o Estado
Nelson de Sá
Na Band, a patriotada andou perto de ofender os sobrenomes italianos.
Mas não foi concorrência para
a Globo de Galvão Bueno. A
transmissão do jogo de vôlei
contra a Itália ganhou até lágrimas do narrador.
Mais, ganhou a locução do
próprio choro:
- É difícil não estar agora
com lágrimas nos olhos.
Depois:
- Eu sou um chorão, confesso. E vamos à execução do Hino
Nacional Brasileiro.
Por fim:
- Eu já chorei de montão
aqui.
E narrou as lágrimas do comentarista Tande, ao seu lado.
Também as lágrimas do comentarista Montanaro.
Mas por que a choradeira?
Respondeu o próprio Galvão
Bueno, em seguida:
- Foi um grande momento,
porque marca a Olimpíada que
vai dividir a história olímpica
brasileira.
Como assim?
- Com o governo tratando o
esporte como política de Estado;
com os centros de excelência
que vêm por aí; com a iniciativa
privada mergulhando de cabeça
se vier a lei dos incentivos fiscais,
o Brasil caminha realmente cada
vez mais...
Não completou.
Mas suas palavras e lágrimas
olhavam para o futuro. Para a
"política de Estado" de Lula. Em
parceria, é claro.
Além de gastar como nunca
na propaganda federal voltada à
Olimpíada, o lulismo comemorou ontem nos sites da estatal
Agência Brasil e de Marta Suplicy. Deste último:
- Brasil conquista resultado
histórico.
Um dia antes, outro destaque
do site trazia Marta, a caminho
de um evento eleitoral qualquer
no Corinthians, prometendo
que "vamos estourar" mais para
a frente, nos Jogos:
- Mas para isso eu preciso
completar a rede CEU, fazendo
mais 24 unidades.
O CEU, marca de Duda Mendonça, vai se tornando a resposta petista para tudo -educação,
saúde, esporte etc.
MARTA, NÃO
Vi na propaganda eleitoral que alguns candidatos estão dizendo que
trabalham bem comigo. Então, para não ter dúvida, esclareço: quem
trabalha bem comigo é o Serra...
Com ele na prefeitura e comigo no
governo, vamos fazer muito mais.
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, em resposta à propaganda de
Marta Suplicy, ontem, no seu terceiro comercial em favor de José Serra
Até eclipse
Depois do futebol no Haiti,
dos Jogos Olímpicos na Grécia,
"o governo Lula faz marketing
até com a Lua", escreveu ontem
"O Globo", acrescentando que é
o que "dirá a oposição".
Em 27 de outubro, no próximo eclipse, "os maiores astrônomos do país irão ver o fenômeno
com Lula" no palácio. E já se
pensa numa campanha nacional
"para que todos o vejam".
Nova Fiesp
Paulo Skaf, novo presidente da
Fiesp, deu entrevista à estatal
Agência Brasil. Cobrou "regras
claras para que haja investimentos maciços em infra-estrutura".
Em outras palavras:
- As Parcerias Público-Privadas são fundamentais.
Diferenças
O "New York Times" e até o
britânico "Financial Times" destacaram a manifestação contra
George W. Bush, em seus sites
-com direito a foto, no "NYT",
de um cartaz de Bush com a expressão "mentiroso".
Já no "Washington Post" a foto era da Olimpíada e a manchete, muito diferente:
- Convenção vai mostrar a liderança do presidente.
Moore com Bush
Para quem gostou de "Fahrenheit 9/11", Michael Moore vai
cobrir a convenção pelo "USA
Today". Pelos relatos de ontem,
os republicanos não gostaram
da idéia de ter o diretor andando
pelo Madison Square Garden.
AINDA O DEBATE DE 89
veja.com.br/Reprodução
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O livro "JN - A Notícia que Faz História" |
A revista "Veja" destaca, nesta semana, o esperado livro histórico sobre a cobertura política da Globo, escrito
pela própria Globo.
Sobre a edição do Jornal Nacional para o debate de 89,
entre Collor e Lula, a revista avalia que o livro faz "corajosa e transparente discussão". Pelo seu relato, porém,
mantém-se a dúvida sobre o papel de Alberico de Souza
Cruz no episódio -ele que se tornaria, pouco depois, diretor de jornalismo da emissora.
Do vice-presidente da Globo,
João Roberto Marinho:
- Depois desses anos todos, eu
acredito que as duas edições [do
debate, uma no Hoje, a outra no
JN] estavam erradas: uma exagerou para um lado e a outra ficou
aquém para o outro.
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