DA REPORTAGEM LOCAL

Dar banho, preparar as refeições, levar à escola. Tarefas tão comuns ao dia-a-dia de inúmeras famílias podem ficar mais difíceis quando se é o único responsável pela criação dos filhos.
Há dois anos, o faxineiro Evandro Tavares de Oliveira, 28, se viu sozinho -após a morte da mulher- com dois filhos pequenos. Na época, Tabata tinha três anos. Matheus, cinco meses.
Diante das dificuldades -que ele afirma não serem poucas, "tanto no lado prático quanto no psicológico"-, Evandro resolveu se mudar para a casa da mãe, Maria Edivan de Oliveira, 48.
"As pessoas perguntam como é criar os filhos sozinho. Respondo que é difícil, mas faço o melhor."
Hoje, Evandro afirma que a situação melhorou. Matheus, 2, e Tabata, 5, já estão matriculados em creches e o cotidiano da família, explica ele, é regrado.
Quando pode -e o salário de R$ 500 permite- Evandro leva os filhos para passear. Mas, como outros pais, também reclama da falta de tempo. E da dificuldade de arrumar uma namorada.
"As mulheres não querem um homem que já tenha filhos", diz.


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