São Paulo, sábado, 30 de novembro de 2002

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Em SP, 1,48 mi de casas têm saneamento falho

DA REDAÇÃO

Segundo os números do Censo 2000, São Paulo possui 85,7% domicílios com saneamento considerado adequado, ou seja, servidos por rede geral de água, com escoamento de esgoto por rede geral ou fossa séptica e com coleta de lixo. O Estado só fica atrás do Distrito Federal, que registra um percentual de 86,7%.
O resultado de São Paulo, embora bem superior à média brasileira (56,5%), indica que há no Estado 1,48 milhão de domicílios -o equivalente a mais de duas cidades do porte de Salvador- em que pelo menos um dos três itens que configuram o saneamento adequado não existem.
Em relação a 1991, a proporção de domicílios com saneamento adequado no Estado teve crescimento de 8% (de 79,4% para 85,7%). A proporção de crianças de zero a seis anos que vivem em residências de saneamento não adequado teve queda de 28% (de 27,7% do total, em 1991, para 20%, em 2000). Esse indicador só é melhor no DF (19,1%).
Os municípios com até 5.000 habitantes, seguindo a regra geral verificada no país, possuem os piores números. Neles, 35,9% das casas têm saneamento não adequado -38,7% das crianças de zero a seis anos estão nesses lares.
O Estado tem 11,7% dos domicílios com pelo menos um dos três itens de saneamento considerado adequado (1,21 milhão) e 270 mil domicílios sem rede geral de água, sem rede de esgoto ou fossa séptica e sem coleta de lixo (o equivalente à cidade de Belém).
A capital paulista ocupa o 114º posto no ranking das cidades com saneamento adequado, com 90,1%. Esse indicador mudou pouco com relação a 1991 (89,5%). Os domicílios com saneamento não adequado na capital somam 296 mil.

Renda
Com relação à renda dos chefes de domicílio, verifica-se a tendência geral do país: um crescimento gradativo que acompanha o tamanho da população. Na faixa até 5.000 habitantes, a renda média é R$ 499. Nela, 50% dos chefes ganham até R$ 300. Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, a renda média é R$ 1.383, e 50% dos chefes ganham até R$ 700.
A desigualdade entre sexos é mais pronunciada nos pequenos municípios. Nas cidades de até 5.000 habitantes, 50% das chefes de domicílio recebem até R$ 151, metade do verificado entre os chefes homens. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes, a metade das mulheres recebe até R$ 500 -50% dos chefes homens recebem até R$ 800.
No Estado de São Paulo, a maior taxa de crescimento populacional no período entre 1991 e 2000 foi verificada no grupo de cidades de 50 mil até 500 mil habitantes (2,5%, a média do Estado é 1,8%). Nessa faixa, as cidades que mais cresceram foram Santana de Parnaíba (8,1%), Caieiras (7,0%), Hortolândia (6,6%) e São Sebastião (6,2%).


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