FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os sócios da agência de publicidade Giacometti, Iran Castello Branco e Dennis Aurélio Giacometti, afirmaram ontem à CPI dos Correios que repassaram mais da metade do que receberam pelo contrato com a estatal para a SMPB, de Marcos Valério de Souza. As duas empresas usavam o mesmo escritório em Brasília e os pagamentos seriam referentes à divisão das despesas.
Dos R$ 9,4 milhões que a Giacometti faturou nos Correios entre 2001 e 2003, R$ 6,8 milhões foram depositados nas contas da SMPB, em 51 pagamentos. Desse valor, R$ 909 mil foram para a conta do Banco Rural da qual políticos sacaram dinheiro do "valerioduto".
Segundo Castello Branco, o acordo para a divisão do escritório em Brasília foi feito com Cristiano Paz, sócio de Valério, quando a Giacometti ganhou o contratos dos Correios, seu único cliente na cidade, no final de 2000. Tanto Castello Branco quanto Giacometti negaram conhecer Valério.
Segundo os sócios da Giacometti, o acordo para o repasse de recursos foi verbal. As duas empresas também compartilhavam a equipe em Brasília. Ainda assim, as duas disputaram contratos do Banco do Brasil, da Petrobras e da Câmara Distrital de Brasília.
A DNA, também de Valério, ganhou a licitação do Banco do Brasil, e a SMPB a da Câmara Distrital. A assessoria de Valério não quis comentar o assunto, dizendo que a negociação foi feita com Cristiano Paz, que não foi localizado ontem pela reportagem.


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