São Paulo, segunda-feira, 30 de novembro de 2009

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Pivô de denúncias é conhecido por grampos ilegais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Durval Barbosa, o colaborador da PF na Operação Caixa de Pandora, é homem familiarizado com escutas e gravações. Delegado aposentado da Polícia Civil, é muito mais que um policial acostumado com o uso da tecnologia em investigações.
Apontado por políticos como autor de supostos grampos ilegais, Barbosa registrava a maioria dos repasses de dinheiro em áudio e vídeo -suas fitas atemorizaram quem se reunia sós com ele.
"Sempre disseram que o dia em que Barbosa topasse falar, o mundo inteiro cairia", disse o presidente do PT-DF, Chico Vigilante.
No início do ano, o nome dele chegou a ser listado no relatório final da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas na Câmara como suspeito de monitorar o telefone da casa de uma procuradora.
O pedido de indiciamento de Barbosa, porém, foi retirado do texto. Sob o argumento de que não havia provas que o ligasse às escutas, ele não foi ouvido na CPI.
No governo Joaquim Roriz (1998-2006), Barbosa assumiu a Codeplan (Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central). Era responsável pelo sistema de informática do governo. Foram os contratos, muitos sem licitação e considerados elevados pelo Ministério Público, que motivaram a abertura de inquéritos, ações de improbidade administrativa e de responsabilidade civil.
Na eleição de 2006, Barbosa apoiou José Roberto Arruda e, nos bastidores, atuou como coordenador logístico da campanha. Assumiu a Secretaria de Relações Institucionais, da qual foi exonerado na sexta. (FO)


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