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Pivô de denúncias é conhecido por grampos ilegais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Durval Barbosa, o colaborador da PF na Operação
Caixa de Pandora, é homem
familiarizado com escutas e
gravações. Delegado aposentado da Polícia Civil, é muito
mais que um policial acostumado com o uso da tecnologia em investigações.
Apontado por políticos como autor de supostos grampos ilegais, Barbosa registrava a maioria dos repasses de
dinheiro em áudio e vídeo
-suas fitas atemorizaram
quem se reunia sós com ele.
"Sempre disseram que o
dia em que Barbosa topasse
falar, o mundo inteiro cairia", disse o presidente do
PT-DF, Chico Vigilante.
No início do ano, o nome
dele chegou a ser listado no
relatório final da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas na Câmara como suspeito de monitorar o telefone da
casa de uma procuradora.
O pedido de indiciamento
de Barbosa, porém, foi retirado do texto. Sob o argumento de que não havia provas que o ligasse às escutas,
ele não foi ouvido na CPI.
No governo Joaquim Roriz
(1998-2006), Barbosa assumiu a Codeplan (Companhia
do Desenvolvimento do Planalto Central). Era responsável pelo sistema de informática do governo. Foram os
contratos, muitos sem licitação e considerados elevados
pelo Ministério Público, que
motivaram a abertura de inquéritos, ações de improbidade administrativa e de responsabilidade civil.
Na eleição de 2006, Barbosa apoiou José Roberto Arruda e, nos bastidores, atuou
como coordenador logístico
da campanha. Assumiu a Secretaria de Relações Institucionais, da qual foi exonerado na sexta.
(FO)
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