São Paulo, sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

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Presidente só deu uma entrevista coletiva no país

DA REDAÇÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva critica freqüentemente os meios de comunicação do Brasil, aos quais aceitou conceder uma única entrevista coletiva em três anos de mandato. Fernando Henrique Cardoso concedeu cinco em sua primeira gestão, entre 1995 e 1998.
Lula só concordou em falar com os jornalistas em 29 de abril deste ano com a condição de que eles não tivessem o direito de réplica.
Em vez de manter encontros abertos com os principais veículos de comunicação, Lula prefere conceder entrevistas no exterior. Foi numa delas, em Paris, que abordou pela primeira vez o escândalo do "mensalão": disse que o caixa dois é uma prática sistemática no país.
No Brasil, preferiu até agora manifestar suas opiniões a colunistas de jornais, emissoras de rádio e veículos de sua escolha. Desde o início do governo a Folha protocolou um pedido de entrevista exclusiva com o presidente, até hoje sem resposta.
Esse comportamento refratário à imprensa se acentuou em maio de 2004, quando o governo tentou expulsar o jornalista Larry Rohter, do "New York Times" (a Justiça barrou a medida, e o governo recuou). Em agosto, o presidente encaminhou ao Congresso projeto que criava o Conselho Federal de Jornalismo, com a finalidade de "orientar, disciplinar e fiscalizar" o exercício da profissão e com o poder de punir jornalistas. A Câmara rejeitou o projeto.


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