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Marinho faz defesa de Lupi e vê "erro feio"
Ministro critica a Comissão de Ética Pública por pedir a saída de ministro
Marinho afirma que o Ministério da Previdência não voltará atrás na decisão de assegurar aposentadoria para invasores de terras
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Previdência,
Luiz Marinho, saiu ontem em
defesa do colega de ministério
Carlos Lupi (Trabalho) e disse
que a Comissão de Ética Pública "errou feio" ao pressionar
pela demissão do pedetista. Ligada à Presidência da República, a comissão sugeriu a saída
de Lupi do ministério por conflito de interesses, já que ele
também é presidente do PDT.
"Eu acho que não existe conflito. Ele [Lupi] só virou ministro porque é presidente do partido. A Comissão de Ética errou
feio. Se, como ministro e presidente do partido, ele estiver favorecendo o partido, a comissão deve questionar isso. Mas
não porque é presidente do
partido e ministro. Daqui a
pouco vão dizer que o presidente Lula não pode estar filiado a
um partido", disse Marinho.
Apesar de dividirem o mesmo prédio na Esplanada dos
Ministérios, Marinho e Lupi
nunca buscaram uma aproximação. Pelo contrário, estão
em lados opostos no mundo
político-sindical.
Na época, a CUT (Central
Única dos Trabalhadores), que
fora presidida por Marinho,
atacou a nomeação do pedetista, temendo que Lupi favorecesse a Força Sindical. A central é comandada pelo pedetista, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SP).
Marinho também afirmou
que o Ministério da Previdência não voltará atrás na decisão
de garantir cobertura previdenciária a invasores de terras.
Na semana passada, a Folha revelou que um parecer da Previdência garante a aposentadoria
rural a invasores de terras, inclusive, públicas. O ministro
disse ontem que o debate em
torno do assunto passou a ter
um "ranço ideológico".
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