São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2008

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Petista nega ter tido acesso a dados de dossiê

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Alvo de um pedido de abertura de processo no Conselho de Ética por supostamente ter se valido de informações do dossiê sobre gastos de FHC, o deputado petista Pepe Vargas (RS) alega não ter tido acesso a dados do Planalto. "Era voz corrente que o ex-presidente consumia champanhe francês e vinho importado", disse.
O deputado sugeriu ao relator da CPI, o também petista Luiz Sérgio (RJ), durante os trabalhos da comissão, que o Congresso investigasse gastos com vinhos durante o governo FHC. Por isso, teria deixado rastros do vazamento de informações processadas pela Casa Civil.
No relatório de 13 páginas com gastos do ex-presidente tucano a que a Folha teve acesso, há 21 lançamentos referentes a champanhes e vinhos, como a compra, no período da reeleição, de "70 garrafas para atender viagens presidenciais" ou 180 garrafas de champanhe.
Vargas insiste em que seu objetivo era defender o consumo de vinhos nacionais. Mas não explicou qual seria o resultado concreto de uma investigação dos gastos com vinhos importados no período do segundo mandato de FHC nessa sua campanha.
"Podem investigar o governo Lula também, mas sei que ele dá preferência a vinhos nacionais", disse.
Ele diz que só tomou conhecimento do dossiê com gastos de FHC na penúltima edição da revista "Veja". Afirmou que costuma ir ao Planalto, mas não é freqüentador "assíduo" da Presidência da República.


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