DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), anunciou ontem que haverá convocação extraordinária do Congresso em julho para a apreciação das reformas e afirmou não acreditar que os dois textos saiam do Legislativo da mesma forma como entraram.
"Algumas mudanças nós teremos, tanto a reforma tributária quanto a previdenciária não serão, certamente, as mesmas que iniciaram a tramitação aqui na Câmara", afirmou. A declaração se choca em parte com a expectativa do ministro Ricardo Berzoini (Previdência), por exemplo, que afirmou não desejar grandes mudanças na proposta.
Com a convocação para julho, os 594 congressistas receberão, cada um, dois salários extras a título de ajuda de custo [R$ 25.540 para cada um], o que resultará em um gasto extra de R$ 15,2 milhões aos cofres públicos.
O valor acima não inclui os gastos com a manutenção da Câmara e do Senado, no período, nem com o pagamento de salários extras a assessores e funcionários. A medida está amparada em decreto legislativo de 1995.
"Teremos intensa mobilização no Congresso nos próximos meses e é bom que seja assim", afirmou João Paulo, que não comentou os salários extras.
(RANIER BRAGON)


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