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Para advogado, jornalista não deve provar nada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O advogado da jornalista
Mônica Veloso, Pedro Calmon, disse ontem que sua
cliente "não tem de provar
nada" porque "em nenhum
momento acusou o senador
Renan [Calheiros] de usar dinheiro de empreiteira" para
pagar a pensão de sua filha de
quase três anos de idade.
Calmon fez o comentário
para contestar a tese levantada por aliados do presidente
do Senado de que caberia à
jornalista apresentar provas
de que não era dele o dinheiro entregue a sua cliente.
"Isso é uma cortina de fumaça. Se alguém tem de provar a origem do dinheiro é o
senador. Nunca disse que os
recursos eram da Mendes
Júnior. O que minha cliente
afirmou, reconhecido pelo
próprio senador, é que, durante um período, o dinheiro
era entregue por Cláudio
Gontijo", afirmou Calmon.
Segundo o advogado, entre
março de 2004 e dezembro
de 2005, Mônica Veloso pegava com Cláudio Gontijo,
funcionário da construtora
Mendes Júnior em Brasília,
envelopes contendo o dinheiro. Calmon afirmou que,
nesse período, o pagamento
era feito em dinheiro. "Dinheiro não tem título de propriedade, não vem o carimbo
de quem é o dono."
(VALDO CRUZ)
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