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OUTRO LADO
Presidente do BB diz ter enviado declarações à CPI e a ministros
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, reafirmou ontem já ter enviado à CPI do Banestado e a ministros a cópia de suas
declarações de renda de 1999 a
2002, quando movimentou US$
593,855 mil - correspondentes a
R$ 1,1 milhão- no MTB Bank.
Casseb nega que tenha omitido
qualquer operação à Receita Federal e diz ter apresentado o registro de toda sua movimentação financeira no exterior ao ministro
da Fazenda, Antonio Palocci, e ao
chefe da Casa Civil, José Dirceu.
Além deles, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o secretário de Comunicação do Governo, Luiz Gushiken, também
receberam suas cópias das declarações de renda, em que os demais dados de Casseb -sem relação com a movimentação no exterior- foram cobertos com um
corretor de texto.
Segundo ele, outras duas cópias
foram remetidas ao Congresso:
uma para o relator da CPI do Banestado, deputado José Mentor
(PT-SP), e outra para o presidente
da comissão parlamentar de inquérito, o senador Antero Paes de
Barros (PSDB-MT).
"Claro que tinha conta no exterior. Trabalhei minha vida inteira
fora. Como receberia meu salário?
Mas está tudo declarado", disse.
Casseb manteve a mesma versão em nota divulgada ontem pelo Banco do Brasil: "Em relação à
notícia veiculada na última edição
da revista "IstoÉ", informo que todos os meus bens no País e no exterior se encontram relacionados
na minha declaração de Imposto
de Renda", disse em nota.
As declarações foram enviadas
à CPI no ano passado, quando
vieram à tona, pela primeira vez,
suas operações fora do Brasil. Segundo dados do Banco Central,
Casseb transferiu, de 1999 a 2000,
R$ 1,158 milhão - em três operações - de sua conta do Citibankem Nova York, para o Brasil. E
enviou R$ 490 mil para lá. Casseb
tem alegado que a conta foi aberta
pelo Citibank, onde trabalhou.
Essa movimentação foi levantada
no ano passado. Mas, neste ano,
chegou ao Ministério Público o
banco de dados do MTB, acompanhado de 32 caixas com 85 mil
documentos.
(CATIA SEABRA)
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