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ELEIÇÃO NANICA
Cidade do interior de São Paulo tem o menor colégio eleitoral do país
PT e PSDB cobiçam 834 votos de Borá
CRISTIANO MACHADO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA
Cidade com o menor colégio
eleitoral do país, segundo o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral),
Borá, 481 km de São Paulo, terá
nas eleições deste ano disputa
acirrada entre PSDB e PT.
Candidato único em 2000, o
atual prefeito, Nelson Celestino
Teixeira, 62, eleito no último
pleito pelo PMDB e há oito meses no ninho tucano, tentará o
quarto mandato. Disputará o
cargo com o petista Luiz Carlos
Rodrigues, 33, que chega à corrida eleitoral com fama de azarão, mas confiante por ter sido o
vereador mais votado em 2000
(130 votos), defendendo o atual
partido do concorrente.
Nelson e Luiz Açougueiro, como são mais conhecidos na cidade de 809 habitantes, conforme o Censo do IBGE de 2000,
até então travam disputa tranqüila em busca dos votos de 834
eleitores (alguns não moram
mais em Borá, mas mantiveram
o domicílio eleitoral na cidade).
"A campanha, de fato, deve
começar a partir do dia 10", disse o prefeito, paranaense de Porecatu e morador da cidade há
31 anos. Já o petista pretende dar
injeção de ânimo nas eleições.
"O carro com o som está chegando hoje [ontem] e, a partir
de amanhã [hoje], vamos começar a fazer barulho", afirmou.
A campanha, admitem, é barata e feita "de casa em casa".
"Aqui temos que gastar muito a
sola dos sapatos e ir de casa em
casa pedindo votos. Só usamos
carro para ir à zona rural", afirmou o prefeito, que pretende
gastar R$ 15 mil na campanha.
Já o petista não declara o valor
utilizado. Ele explica que deixou
o PSDB há um ano para disputar as eleições e escolheu o PT
"pela história do partido".
Apesar do clima de disputa,
ambos prometem fazer campanha de "alto nível". O maior
trunfo do prefeito é ampliar de
800 para 1.500 o número de empregos em uma usina de cana-de-açúcar que, segundo ele, estava desativada havia 15 anos e
foi recuperada no seu mandato.
Já o seu oponente petista afirma que a prefeitura "deve incentivar o emprego na zona urbana". Sua meta é "trabalhar pelo social", diz.
Mas ambos têm a mesma opinião ao afirmarem que é "relativamente fácil" administrar um
município pequeno.
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