São Paulo, sábado, 31 de julho de 2004

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ELEIÇÃO NANICA

Cidade do interior de São Paulo tem o menor colégio eleitoral do país

PT e PSDB cobiçam 834 votos de Borá

CRISTIANO MACHADO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA

Cidade com o menor colégio eleitoral do país, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Borá, 481 km de São Paulo, terá nas eleições deste ano disputa acirrada entre PSDB e PT.
Candidato único em 2000, o atual prefeito, Nelson Celestino Teixeira, 62, eleito no último pleito pelo PMDB e há oito meses no ninho tucano, tentará o quarto mandato. Disputará o cargo com o petista Luiz Carlos Rodrigues, 33, que chega à corrida eleitoral com fama de azarão, mas confiante por ter sido o vereador mais votado em 2000 (130 votos), defendendo o atual partido do concorrente.
Nelson e Luiz Açougueiro, como são mais conhecidos na cidade de 809 habitantes, conforme o Censo do IBGE de 2000, até então travam disputa tranqüila em busca dos votos de 834 eleitores (alguns não moram mais em Borá, mas mantiveram o domicílio eleitoral na cidade).
"A campanha, de fato, deve começar a partir do dia 10", disse o prefeito, paranaense de Porecatu e morador da cidade há 31 anos. Já o petista pretende dar injeção de ânimo nas eleições. "O carro com o som está chegando hoje [ontem] e, a partir de amanhã [hoje], vamos começar a fazer barulho", afirmou.
A campanha, admitem, é barata e feita "de casa em casa". "Aqui temos que gastar muito a sola dos sapatos e ir de casa em casa pedindo votos. Só usamos carro para ir à zona rural", afirmou o prefeito, que pretende gastar R$ 15 mil na campanha.
Já o petista não declara o valor utilizado. Ele explica que deixou o PSDB há um ano para disputar as eleições e escolheu o PT "pela história do partido".
Apesar do clima de disputa, ambos prometem fazer campanha de "alto nível". O maior trunfo do prefeito é ampliar de 800 para 1.500 o número de empregos em uma usina de cana-de-açúcar que, segundo ele, estava desativada havia 15 anos e foi recuperada no seu mandato.
Já o seu oponente petista afirma que a prefeitura "deve incentivar o emprego na zona urbana". Sua meta é "trabalhar pelo social", diz.
Mas ambos têm a mesma opinião ao afirmarem que é "relativamente fácil" administrar um município pequeno.


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