|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro lado
Diretores negam relação entre atuação em órgãos reguladores e filiação política
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os diretores de cinco agências controladoras do governo
federal negaram, por e-mail ou
por meio de suas assessorias de
imprensa, haver ligação entre
sua filiação partidária e sua
atuação nas agências. Um, em
férias, não foi localizado.
"Exerço, pela segunda vez
consecutiva, o mandato de diretor da ANA [águas], tendo,
portanto, sido sabatinado e
aprovado duas vezes consecutivas pelo Senado Federal. Sou
qualificado academicamente
por duas instituições de excelência (USP e Unicamp), tenho
experiência comprovada como
gestor público e creio ter reconhecimento nacional na formulação e gestão de recursos
hídricos", afirmou o ex-deputado José Machado, da ANA.
O presidente da ANS (planos
de saúde), Fausto Pereira dos
Santos, afirmou, por meio de
sua assessoria de imprensa, que
os diretores da agência têm experiência profissional e acrescentou: "Salientamos que todos os diretores tiveram, em
seu processo de aprovação para
fazerem parte da diretoria da
ANS, relatores do Senado que
não pertenciam ao partido com
o qual mantinham filiação ou
mesmo de sua afinidade pessoal".
O presidente da ANP (petróleo), ex-deputado federal Haroldo Lima, afirmou ter experiência no setor: "Sou engenheiro eletricista formado pela
Universidade Federal da Bahia.
Trabalhei em empresas do setor de energia (...) Em meus
cinco mandatos consecutivos
como deputado federal, integrei comissões como as de Minas e Energia, Relações Exteriores e Defesa Nacional. Participei de todas as comissões da
Câmara que trataram do tema
do petróleo".
O presidente da Ancine (cinema), Manoel Rangel, disse
que a nomeação se deve à sua
experiência na área. "Tenho
certeza absoluta de que o PC do
B não teve participação nenhuma na minha indicação. Nenhum diretor da Ancine teve
indicação política. Todos são
técnicos", disse Rangel.
Os outros dois diretores da
Ancine, filiados ao PT, repetiram, por escrito: "A indicação
foi feita pelo ministro da Cultura Gilberto Gil, com encaminhamento para o presidente da
República e sabatina e aprovação pelo Senado Federal. O
apoio político recebido foi do
segmento cinematográfico".
A assessoria da Anac (aviação
civil) informou que a escolha
do presidente, Milton Zuanazzi, deveu-se a critérios técnicos.
O presidente da Anvisa (segurança sanitária), Dirceu Raposo, não foi localizado, por estar em férias.
(EL, HM e RV).
Texto Anterior: Petistas e membros da base presidem 6 das 10 agências Próximo Texto: Mandato de governador da Paraíba é cassado por TRE Índice
|