São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2004

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OUTRO LADO

Diretor do Dnocs diz que decisão é apenas política

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção do Dnocs, Leão Montezuma, um dos diretores que decidiram pela compra do terreno para o assentamento de famílias, em Jaguaretama, afirmou que a denúncia é meramente política e que não houve superfaturamento nem uso eleitoral.
Segundo ele, a tabela usada para definir o preço foi feita em 2002, na gestão passada do Dnocs, e o terreno escolhido, que era da mãe do candidato a prefeito pelo PPS, foi considerado o mais adequado, por meio de laudos técnicos.
"Os outros terrenos eram muito acidentados e dava para saber que não seria viável o assentamento das famílias em outro lugar", disse.
Para Montezuma, o prefeito Afonso Cunha (PSDB) é leviano ao afirmar que o terreno não fica numa área nobre da cidade e por fazer acusações sobre superfaturamento, só por ter divergências políticas com Francijaime Pinheiro, candidato derrotado do PPS.
Ele disse ainda que o pagamento foi feito às vésperas da eleição porque o Dnocs estava sendo pressionado pelo governo do Estado, já que a obra estava atrasada havia pelo menos dois anos. Pinheiro, por sua vez, nega ter se beneficiado da venda do terreno de sua mãe.
Segundo ele, a avaliação do terreno poderia ser até mais alta, mas sua mãe decidiu vendê-lo porque já tinha sido feito um acerto com o Dnocs. "Se fôssemos fazer um loteamento, com certeza poderíamos chegar a mais de R$ 1 milhão", disse.
Para o ex-candidato, foi apenas "coincidência" a decisão da compra e o pagamento terem ocorrido dias antes da eleição.


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