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Projeto está parado no governo
DA AGÊNCIA FOLHA
A edição de um novo decreto
do governo do Estado de São Paulo que permita a regularização de
áreas acima de 500 hectares na região do Pontal do Paranapanema
está parada na Secretaria da Justiça por falta de acordo entre Estado e ruralistas.
A divergência é em relação aos
percentuais de terras a serem entregues pelos fazendeiros em troca da legalização fundiária.
Os ruralistas aceitam entregar
até 10% da terra com benfeitorias,
o que, segundo eles, vale o equivalente a 30% da terra nua. O Estado
quer, no mínimo, a entrega de
25% da terra com benfeitorias.
Atualmente está em vigor um
outro decreto, publicado em 1997,
o qual não teve nenhuma adesão,
que prevê a troca de 35% a 70% da
das terras pela regularização.
Nas áreas até 500 hectares, a regularização é feita por meio do
pagamento em dinheiro, já a legalização de fazendas com mais de
500 hectares é feita por meio da
entrega de parte da terra.
O governo pretende usar as
áreas para assentar agricultores
sem-terras. A meta é acomodar
1.400 famílias já cadastradas pelo
Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) até o final de
2006, quando termina o mandato
do governador Geraldo Alckmin.
"O governador assinou a lei que
regulariza áreas até 500 hectares,
mas não fez o novo decreto para
terras acima [desta extensão]",
diz o presidente da UDR (União
Democrática Ruralista), Luiz Antonio Nabhan Garcia.
"A discussão ficou no impasse
do percentual [a se arrecadado]",
disse o secretário da Justiça, Alexandre de Moraes. "Eles querem
[entregar] no máximo 15%. É inaceitável. Chegamos a propor um
percentual de 25%, o que seria razoável. Atualmente, pelo decreto
em vigor, o percentual médio é de
40% a 45%, o que é alto", disse.
De acordo com o presidente da
UDR, a proposta dos ruralistas é
entregar no máximo 10% das terras.
(SF)
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