EM SÃO PAULO

Mesmo que Marta Suplicy vença hoje a disputa pela Prefeitura de São Paulo, o PT terminará esta eleição com menos cidades grandes governadas no Estado de São Paulo na comparação com o seu desempenho na eleição de 2000.
Há prefeitos petistas hoje em nove das 27 localidades paulistas mais relevantes -a capital e 26 municípios com mais de 150 mil eleitores. O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já conquistou duas dessas cidades no primeiro turno. Como disputa cinco segundos turnos, no máximo pode chegar a sete.
O PSDB também governa hoje um número de cidades paulistas grandes igual ao do PT: nove. Mas os tucanos já conseguiram garantir seis vitórias definitivas no 1º turno. Estão também em nove segundos turnos. O ponto de desequilíbrio é a capital de São Paulo. Nas nove cidades paulistas grandes governadas pelo PT o eleitorado total é de 10,9 milhões. Desses, 7,8 milhões votam na capital.
O PT está em situação desconfortável porque perdeu já no primeiro turno várias cidades relevantes onde tinha prefeitos desde 2000. Estão nesse grupo Campinas, Ribeirão Preto, Piracicaba e Franca. Juntos, esses quatro municípios têm 1.456.098 eleitores.
Já o PSDB perdeu apenas duas de suas grandes cidades no Estado de São Paulo: Limeira e Taboão da Serra. Juntas, somam 332.935 eleitores.
Apesar do crescimento petista em todo o país, o avanço em São Paulo ainda não foi suficiente para ameaçar seriamente a hegemonia de outras siglas no Estado.
Considerado apenas o resultado do primeiro turno, nas 53 cidades paulistas que já conquistou, o PT governará 2,5 milhões de eleitores. O PSDB venceu em 191 cidades paulistas e governará 4,6 milhões de eleitores. O PMDB ganhou 88 prefeituras paulistas e governará 1.486.728 eleitores. Um dos destaques negativos é o desempenho do PP, de Paulo Maluf: só obteve 28 vitórias no primeiro turno. (FERNANDO RODRIGUES)


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