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Poleto deve depor na CPI dos Bingos na próxima semana, afirma Efraim
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O presidente da CPI dos Bingos,
Efraim Morais (PFL-PB), disse
ontem que dever marcar para o
dia 8 o depoimento de Vladimir
Poleto. A convocação dele foi
aprovada pela CPI em 30 de agosto e em setembro houve a quebra
dos sigilos telefônico, bancário e
fiscal dos últimos cinco anos.
Poleto foi chefe de Controle Interno da Prefeitura de Ribeirão
Preto (SP) em 2001, quando o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, era o prefeito da cidade.
A revista "Veja" desta semana
relata que Poleto disse que Cuba
enviou US$ 1,4 milhão à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Ele teria pego
o dinheiro em Brasília e levado a
Campinas (SP). O governo nega.
A CPI havia convocado Poleto,
segundo Efraim, devido à suspeita de tráfico de influência com o
ministro Palocci em 2004, envolvendo o advogado Rógerio Tadeu
Buratti. Em 1994, Buratti era o secretário de Governo no primeiro
mandato de Palocci na Prefeitura
de Ribeirão Preto (SP).
A suspeita de tráfico de influência está em uma escuta telefônica
autorizada pela Justiça, relativa ao
dia 3 de julho de 2004. Na conversa, Poleto e Buratti falam sobre
outro assessor de Palocci, Ademirson Silva, que queria um telefone do banqueiro Edson Menezes para supostamente agendar
um encontro com o ministro.
"Numa conversa com Vladimir
[Poleto], o mesmo me relatava
que o Ademirson tinha ligado para que ele marcasse uma audiência com Palocci, tratando de negócio de um grupo com que ele
trabalhava, Monteiro de Castro
ou Carvalho; que, conforme já
afirmei anteriormente, quando se
fala em "chefe" [na gravação], neste caso se trata do Palocci", disse
Buratti em depoimento à Polícia
Civil em agosto. Palocci nega tráfico de influência. "Esse ministério tem instituições extremamente fortes", disse em agosto.
Segundo a "Veja", Buratti, diferentemente de Poleto, falou em
US$ 3 milhões trazidos de Cuba.
O dinheiro teria sido entregue por
Poleto em Campinas (SP) a Ralf
Barquete, ex-secretário de Fazenda de Palocci em 2001 e 2002.
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