São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / MAPA DO VOTO

PT expande cinturão na periferia paulistana

Do primeiro para o segundo turno, Lula elevou de 14 para 22 o número de áreas em que venceu Alckmin na capital

Tucano, que venceu em 30 zonas, teve 3% a mais de votos na segunda votação, enquanto Lula conquistou 30% a mais de eleitores

FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

O PT conseguiu reconquistar oito zonas eleitorais da cidade de São Paulo, áreas de periferia que eram tradicionais redutos do partido e da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), mas que tinham preferido Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno.
No cômputo final, Luiz Inácio Lula da Silva conquistou 22 zonas eleitorais da capital, contra 30 em que Geraldo Alckmin (PSDB) venceu. Mesmo derrotado, o presidente teve votação maior em todas as regiões, de acordo com a divisão considerada pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Geraldo Alckmin, com mais de 3,4 milhões de votos, cresceu apenas 3%, contra os 30% de Lula, que teve 2,9 milhões de eleitores na capital paulista.
"A estratégia da capital foi crescer da periferia para o centro", afirma o vereador Paulo Fiorilo, presidente do PT no município de São Paulo.
Campo Limpo, Capela do Socorro, na zona sul e Itaquera e Ermelino Matarazzo, na leste, eram alguma das áreas prioritárias e onde Lula conseguiu virar no segundo turno. Todos esses locais eram áreas de domínio de Marta Suplicy nas eleições de 2004, quando perdeu para José Serra (PSDB).
O partido também atingiu outro objetivo para o segundo turno, expandir o "cinturão vermelho", áreas onde Lula já ganhara no primeiro turno, caso de Sapopemba, na zona leste.
"Houve uma ampliação fundamental na periferia, que se deve a uma onda geral pró Lula", afirma o coordenador da campanha de Geraldo Alckmin na região metropolitana, o vereador tucano Geraldo Natalini. Para ele, no entanto, também contribuíram a problemas "políticos e administrativos" da campanha Alckmin.
"Empobrecemos no segundo turno. Durante quinze dias, a campanha foi só de boca, sem um folheto. Eles também saíram em vantagem com a vitimização de Lula e ao nos taxarem de privatizantes. Garotinho também colocou poeira." Natalini, no entanto, disse não se considerar derrotado. "São Paulo resistiu bravamente."


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