São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2006

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Em discurso, Lula dirá que segurança será prioridade

Após crise no Rio, presidente afirmará na posse que violência ainda é um problema grave

"Acelerar, crescer, incluir" são síntese da fala do petista no Congresso; Dulci, Garcia e Santana elaboraram texto que será lido amanhã


KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No discurso de sua segunda posse, às 16h de amanhã no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirá que a violência urbana segue sendo um problema grave e que combatê-la será um desafio prioritário em seu novo mandato.
Na posse do primeiro mandato, Lula já falava que havia sido eleito, entre outras coisas, para responder à "precariedade avassaladora da segurança pública". Sem adotar tom de mea-culpa, Lula abordará o tema, em evidência com a renovada crise na segurança do Rio.
Lula afirmará também que cumpriu compromissos de quatro anos atrás, reduzindo a fome e a desigualdade social.
Pedirá "urgência" nas reformas política e tributária, que precisam ser votadas pelo Congresso. E voltará a reafirmar que a educação será a sua prioridade, listando ações do primeiro mandato (Prouni) e outras que terão efeito no segundo governo (Fundeb).
Segundo relato de ministros, Lula repetirá a promessa feita na noite em que foi reeleito, 29 de outubro: acelerar o crescimento da economia com inclusão social. Dirá que o pacote que pretende anunciar trará medidas nesse sentido.
Deverá repetir que manterá o compromisso com a responsabilidade fiscal e a estabilidade monetária. Afirmará que a inflação baixa beneficia os mais pobres e que ele não adotará políticas que coloquem tal "conquista" em risco.
"Minha causa é o Brasil" é uma frase do final do discurso, quando o presidente dirá que não pretende "arredar o pé" em relação ao compromisso de governar para todos.
Lula falará numa segunda fase de seus programas sociais, aumentando a integração entre essas ações, sobretudo nas grandes cidades.
O discurso foi elaborado pelo ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral) e pelo presidente interino do PT e assessor de Lula, Marco Aurélio Garcia. O marqueteiro João Santana, que fez a criação publicitária da festa, também teve participação.
"Acelerar, crescer, incluir", três palavras dos centenas de cartazes espalhados por Brasília, são uma espécie de síntese do discurso que Lula fará Congresso. Elas nortearão ainda outro discurso, que será feito do parlatório do Planalto.
No Congresso, o presidente vai falar ainda de política externa. Dirá que aumentou laços com países da América Latina, da África e da Ásia.


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