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Britto viaja
por 6 meses
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Porto Alegre
O governador do Rio Grande do
Sul, Antônio Britto (PMDB), vai
enfrentar um "exílio" voluntário
no primeiro semestre do próximo
ano e vai estudar na Espanha.
Ele, que não conseguiu se reeleger, sendo derrotado por Olívio
Dutra (PT), vai fazer um curso sobre economia em Madri. Em agosto, estará de volta a Porto Alegre.
Britto transmitiu ontem o cargo
para o vice-governador Vicente
Bogo (PSDB) e viajou para o Rio,
de onde seguiria para a Espanha.
O atual governador decidiu não
ir à posse de seu sucessor, Olívio
Dutra (PT), alegando que continuou a ser "agredido" pelo adversário depois das eleições.
No retorno à capital gaúcha, Britto, 46, deve lecionar em uma faculdade de comunicação social. Também quer estudar direito.
A temporada na Europa foi uma
decisão própria e correrá por conta do governador, conforme sua
assessoria. A opção pela vida acadêmica em 1999 não quer dizer
afastamento da política.
Um dos governadores mais próximos do presidente Fernando
Henrique Cardoso no período 95-98, Britto, apesar da derrota para
Olívio Dutra (PT), continua sendo
nome forte do PMDB no Estado.
Depois da derrota eleitoral, no
dia 25 de outubro passado, o peemedebista se impôs um recolhimento. A transição com o futuro
governo petista está sendo conduzida pelo vice-governador.
Britto só voltou a participar de
um evento público no último dia 2,
quando sancionou leis determinando incentivos a empresas.
Abordado por repórteres, tem
dito que pensará nas perguntas
que lhe são formuladas e as responderá em agosto de 99.
A concessão de incentivos foi
uma das marcas do governo Britto.
Outra característica da administração foi a privatização. Britto
vendeu, por exemplo, a CRT
(Companhia Riograndense de Telecomunicações), para um grupo
liderado pela Telefonica, da Espanha, e a maior parte da área de distribuição da CEEE (Companhia
Estadual de Energia Elétrica).
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