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VIOLÊNCIA 3
Local não foi preservado e a Polícia Civil alega que só foi acionada seis horas após a chacina
Polícias Militar e Civil falham e
trocam acusações sobre a chacina
SORAYA AGÉGE
editora da Folha Campinas
RICARDO BRANDT
free-lance para a Folha Campinas
As Polícias Militar e Civil ainda
não solucionaram o crime na
EEPG Núcleo Habitacional Vida
Nova e trocam acusações por
uma série de falhas que ocorreram logo depois da chacina.
Os erros estão prejudicando as
investigações, que estão sendo feitas de forma separada.
O comandante da Polícia Militar na região, coronel Élzio Nagalli, afirmou que abrirá sindicância
para apurar as falhas.
A Polícia Civil só foi informada
oficialmente do crime seis horas
depois. O local da chacina não foi
preservado para a Polícia Técnica.
"Foi um erro grave dos soldados da PM que alteraram totalmente o local do crime e ainda tomaram medidas que cabem exclusivamente à Polícia Civil", disse o delegado-seccional Josué Ferreira Ribeiro.
Ele acusou a PM de prejudicar
as investigações ao adotar tais
medidas.
Os soldados, segundo o delegado, saíram com algumas testemunhas do crime em busca de suspeitos pelo bairro.
"Hoje, fomos atrás desses suspeitos e eles tinham desaparecido,
por causa dessa medida precipitada dos soldados da PM", disse Ribeiro.
Comunicação
"Houve um erro de comunicação, possivelmente porque os policiais que atenderam à ocorrência ficaram afobados com a quantidade de mortos e feridos", justificou Nagalli.
Ele negou a existência de dificuldades no relacionamento entre a PM e a Polícia Civil e não admitiu que a demora em acionar a
Civil tenha dado tempo para que
os assassinos escapassem.
À 1h de ontem, a Folha foi informada pelo delegado que fazia o
plantão no 1º DP (Distrito Policial) de Campinas, Carlos Alberto
Queiroz Filho, de que só sabia do
caso pela TV e que aguardava o
registro da PM.
Entretanto, segundo o comandante da PM, embora a Civil não
tenha sido avisada, um investigador, identificado como Marcos,
esteve informalmente no local a
partir da 0h30 de ontem.
O seccional afirmou que o investigador compareceu ao local,
somente porque recebeu a informação pela TV.
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