free-lance para a Folha Campinas

O acusado de tentar realizar um sequestro em Sumaré, Adauto Pereira Gomes, 34, morreu ontem após uma perseguição seguida de troca de tiros com a Polícia Militar no Jardim Bandeirantes, na periferia da cidade.
Com Gomes, foram apreendidas uma submetralhadora UZI, uma pistola de calibre de 9 milímetros e uma granada de mão.
As armas são de uso exclusivo do Exército Brasileiro, mas a polícia suspeita que o material seja contrabandeado e não proveniente de desvio das Forças Armadas.
Dois pentes de armazenamento de munições da UZI foram encontrados também, além de 28 cápsulas da metralhadora intactas.
Gomes estava em um Vectra de Indaiatuba, que capotou após ser atingido por tiros disparados pela PM.
O tiroteio começou porque, segundo a Polícia Civil, um carro da PM passava pelo Jardim São Judas Tadeu, em Sumaré, quando viu dois carros, onde se encontravam os supostos sequestradores.
Gomes estava com pelo menos outras cinco pessoas no local. Os outros fugiram da perseguição policial em um outro Vectra.
O grupo perseguido é suspeito da tentativa de sequestro de um empresário de Limeira (56 km de Campinas) na madrugada de ontem.
Policiais civis de Sumaré disseram acreditar que uma quantidade significativa de armas e granadas estavam em posse dos homens que não foram presos na perseguição policial.
Um dos PMs que participou da perseguição disse à Polícia Civil e a seus superiores ter visto um fuzil AR-15 com os suspeitos.
A granada de mão apreendida junto ao corpo de Gomes foi entregue à Atac (Ações Táticas Campinas) da PM.
O explosivo, de identificação EOT-M-14/CEV, tinha capacidade para atingir o que estivesse próximo em um raio de 5 m2, segundo policiais. A Atac destruiu a granada para garantir que ela não fosse detonada.
Ontem, a polícia descobriu que o suposto sequestrador morava em Americana (28 km de Campinas). Ele chegou a cumprir pena por homicídio. Há a possibilidade de ele ter fugido da cadeia pública da cidade.
O inquérito para apurar o caso foi aberto no 5º DP (Distrito Policial). Até as 18h de ontem, a polícia não tinha pistas dos outros homens acusados de trocarem tiros com PMs e tentarem sequestrar o empresário de Limeira.
A PM também abriu um inquérito para apurar o caso. Os revólveres dos PMs foram apreendidos para análise. (LC)


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