DA REDAÇÃO

O Protocolo de Kyoto, que pretende reduzir a emissão de gases-estufa, ganhou as adesões de Rússia e China durante a Rio +10, marcando uma das poucas vitórias ambientais da conferência. Junto com o Canadá, que anunciou sua adesão ao pacto anteontem, isso abre caminho para que o protocolo entre em vigor.
Temia-se que os russos não aderissem ao tratado, já que o ministro interino da Economia, Mukhamed Tsikanov, havia dito na sexta-feira passada que o país poderia não ratificar Kyoto. Contudo, o primeiro-ministro Mikhail Kasyanov disse que a Rússia estava preparando a ratificação, se possível para este ano.
O premiê chinês Zhu Rongji afirmou aos delegados na Rio +10 que seu país já havia ratificado o pacto. Como nação subdesenvolvida, a China não tem, por enquanto, metas de redução de emissões como os países ricos, mas é um grande emissor de dióxido de carbono, o principal gás causador do efeito estufa.
Para entrar em vigor, o protocolo precisa da adesão de pelo menos 55 países, que respondam pelo menos por 55% das emissões.
O maior ausente dessa lista, por enquanto, são os Estados Unidos, que consideram as metas de Kyoto prejudiciais à sua economia. Colin Powell, secretário de Estado dos EUA e representante americano na conferência, falará em plenário hoje, depois da partida da maioria dos líderes ocidentais.
Enquanto os EUA não se mexem, o protocolo sofreu outro ataque: a província canadense de Alberta, grande produtora de petróleo e gás natural, disse que entrará na Justiça contra seu próprio governo caso ele ratifique o pacto.


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