São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2004 |
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QUÍMICA Creme continha amido, um ingrediente comum nos produtos modernos Ingleses recriam cosmético romano
SALVADOR NOGUEIRA DA REPORTAGEM LOCAL Cientistas ingleses resolveram literalmente sentir na pele como era ser mulher na antiga civilização romana, recriando e aplicando um cosmético usado na época pelas senhoras ricas do Império. O feito, reportado hoje na revista "Nature" (www.nature.com), foi possível graças a um achado afortunado e um subseqüente "tour de force" experimental. O achado foi a descoberta de um pote numa escavação arqueológica em Londres, do século 2º. Nele, restos de um produto cremoso, potencialmente um cosmético. A tarefa experimental que se seguiu, descrita agora por Richard Evershed e seus colegas da Escola de Química da Universidade de Bristol, foi a realização de uma série de análises para descobrir a fórmula do tal creme. Usando ferramentas avançadas como espectrômetros de massa, análises gravimétricas e de difração de raios X, eles descobriram que os principais ingredientes eram gordura de um animal ruminante (boi ou ovelha) e amido (elemento que até hoje é usado em cosméticos). Um pouco de óxido de estanho dava a coloração branca à gosma. "Nós misturamos esses ingredientes nas proporções corretas e também obtivemos um creme branco. Ele tinha uma textura agradável quando aplicado na pele", escreveram. "A adição de óxido de estanho à base de gordura e amido confere uma opacidade branca, que é consistente com o creme ter sido um cosmético." Texto Anterior: Califórnia dá US$ 3 bi para célula-tronco Próximo Texto: Fisiologia: Bebê sobrevive a parto com autocanibalismo Índice |
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