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Reciclagem
continua a
crescer no país
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A reciclagem apresenta índices crescentes, ano a ano, para
todos os produtos avaliados
pelo IBGE: papel, vidro, latas
de alumínio, embalagens de
PET (plástico usado, por exemplo, em garrafas de refrigerante) e latas de aço.
Além do ganho ambiental, a
reciclagem gera negócios, empregos e renda, e economiza
energia, água e matéria-prima.
Campeãs absolutas da reciclagem -89% do que foi colocado no mercado em 2003 voltou à cadeia produtiva-, as latas conseguiram o "pódio"
porque seu reaproveitamento é
economicamente lucrativo.
O preço de venda (cerca de
R$ 3.500 a tonelada) é atrativo
o suficiente para que as unidades usadas sejam recolhidas
pelo exército de catadores, que
ficam nas ruas e lixões, e por escolas, entidades beneficentes,
condomínios e famílias.
Já as embalagens de PET têm
o menor índice de reaproveitamento -35% em 2002- porque têm menor valor de mercado (cerca de R$ 800 a tonelada
prensada e limpa), diz o IBGE.
O presidente da Associação
Brasileira da Indústria do PET,
Alfredo Sette, não concorda.
Para ele, a razão do índice menor reside no fato de o PET ser
um material mais recente no
mercado. Ele afirma que a taxa
de reciclagem de 2003, que deve ser divulgado nas próximas
semanas, ficará acima de 40%.
José Roberto Giosa, presidente da Tomra Latasa, uma
das principais recicladoras de
alumínio, também diz que a reciclagem de latinhas pode crescer até cinco pontos percentuais nos próximos dois anos.
O desafio é aumentar o reaproveitamento de outros utensílios, como panelas e rodas.
De 1993 a 2002, a porcentagem de reciclagem do papel
cresceu de 38,8% para 43,9%, a
das latas de aço foi de 20% para
49,5%, e a de vidro passou de
25% para 42% em 2001.
Energia
Sobre a matriz energética
brasileira, o IBGE afirma que a
participação de fontes como lenha e carvão -consideradas
renováveis, mas não sustentáveis ambientalmente- caiu de
17,2%, em 1992, para 11,9%, em
2002. Por outro lado, aumentou o uso de fontes não-renováveis, como petróleo e derivados (de 41,7% em 1992 para
43,1% em 2002) e gás (de 3,2%
para 7,5% no mesmo período).
Houve ligeira queda nas participações das hidrelétricas (de
14,6% para 14%) e de derivados
de cana-de-açúcar (de 13,9%
para 12,6%) -fontes renováveis e limpas.
(MV)
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