São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Reciclagem continua a crescer no país

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A reciclagem apresenta índices crescentes, ano a ano, para todos os produtos avaliados pelo IBGE: papel, vidro, latas de alumínio, embalagens de PET (plástico usado, por exemplo, em garrafas de refrigerante) e latas de aço.
Além do ganho ambiental, a reciclagem gera negócios, empregos e renda, e economiza energia, água e matéria-prima.
Campeãs absolutas da reciclagem -89% do que foi colocado no mercado em 2003 voltou à cadeia produtiva-, as latas conseguiram o "pódio" porque seu reaproveitamento é economicamente lucrativo.
O preço de venda (cerca de R$ 3.500 a tonelada) é atrativo o suficiente para que as unidades usadas sejam recolhidas pelo exército de catadores, que ficam nas ruas e lixões, e por escolas, entidades beneficentes, condomínios e famílias.
Já as embalagens de PET têm o menor índice de reaproveitamento -35% em 2002- porque têm menor valor de mercado (cerca de R$ 800 a tonelada prensada e limpa), diz o IBGE.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria do PET, Alfredo Sette, não concorda. Para ele, a razão do índice menor reside no fato de o PET ser um material mais recente no mercado. Ele afirma que a taxa de reciclagem de 2003, que deve ser divulgado nas próximas semanas, ficará acima de 40%.
José Roberto Giosa, presidente da Tomra Latasa, uma das principais recicladoras de alumínio, também diz que a reciclagem de latinhas pode crescer até cinco pontos percentuais nos próximos dois anos. O desafio é aumentar o reaproveitamento de outros utensílios, como panelas e rodas.
De 1993 a 2002, a porcentagem de reciclagem do papel cresceu de 38,8% para 43,9%, a das latas de aço foi de 20% para 49,5%, e a de vidro passou de 25% para 42% em 2001.

Energia
Sobre a matriz energética brasileira, o IBGE afirma que a participação de fontes como lenha e carvão -consideradas renováveis, mas não sustentáveis ambientalmente- caiu de 17,2%, em 1992, para 11,9%, em 2002. Por outro lado, aumentou o uso de fontes não-renováveis, como petróleo e derivados (de 41,7% em 1992 para 43,1% em 2002) e gás (de 3,2% para 7,5% no mesmo período).
Houve ligeira queda nas participações das hidrelétricas (de 14,6% para 14%) e de derivados de cana-de-açúcar (de 13,9% para 12,6%) -fontes renováveis e limpas. (MV)


Texto Anterior: Ambiente segue a economia, indica IBGE
Próximo Texto: Cai doença ligada a saneamento
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.