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Risco para humanos ainda é matéria controversa, dizem especialistas da área
DA REPORTAGEM LOCAL
O experimento de Rakic foi
encarado com ceticismo por especialistas da área, já que maioria das observações em crianças humanas não apontam problemas no ultra-som.
"Alguns estudos acompanharam indivíduos até os 15 anos
de idade, e não apareceu nada",
diz Victor Bonduki, especialista
em medicina fetal do Hospital
das Clínicas da USP. Segundo
ele, mesmo que venha a se verificar um dano pequeno, seria
preciso olhar para a relação
custo-benefício da técnica, porque o ultra-som é uma ferramenta médica fundamental.
A própria revista, "PNAS",
que publica o estudo de Rakic,
traz na mesma edição artigo
dos médicos Verne Caviness e
Ellen Grant, do Hospital Geral
de Massachusetts, afirmando
que o resultado com roedores
não é motivo para pânico.
"É altamente improvável a
possibilidade de essas descobertas serem aplicáveis a riscos
do ultra-som fetal tal como é
aplicado hoje", escreve a dupla.
Caviness e Grant reconhecem,
porém, que o trabalho de Rakic
é um "lembrete sensato" de que
o uso de técnicas de imagem
deve se limitar ao mínimo necessário, por precaução.
(RG)
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