São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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Risco para humanos ainda é matéria controversa, dizem especialistas da área

DA REPORTAGEM LOCAL

O experimento de Rakic foi encarado com ceticismo por especialistas da área, já que maioria das observações em crianças humanas não apontam problemas no ultra-som.
"Alguns estudos acompanharam indivíduos até os 15 anos de idade, e não apareceu nada", diz Victor Bonduki, especialista em medicina fetal do Hospital das Clínicas da USP. Segundo ele, mesmo que venha a se verificar um dano pequeno, seria preciso olhar para a relação custo-benefício da técnica, porque o ultra-som é uma ferramenta médica fundamental.
A própria revista, "PNAS", que publica o estudo de Rakic, traz na mesma edição artigo dos médicos Verne Caviness e Ellen Grant, do Hospital Geral de Massachusetts, afirmando que o resultado com roedores não é motivo para pânico.
"É altamente improvável a possibilidade de essas descobertas serem aplicáveis a riscos do ultra-som fetal tal como é aplicado hoje", escreve a dupla. Caviness e Grant reconhecem, porém, que o trabalho de Rakic é um "lembrete sensato" de que o uso de técnicas de imagem deve se limitar ao mínimo necessário, por precaução. (RG)


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