São Paulo, quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

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Tuvalu, país-ilha com 12 mil habitantes, para cúpula de Copenhague

DA ENVIADA A COPENHAGUE

A minúscula Tuvalu -ilha com 12 mil habitantes e 26 km2- bloqueou ontem por duas horas o trabalho de 192 países na conferência do clima em Copenhague, suspendendo suas sessões.
A ilha na Oceania, uma das mais ameaçadas pelo aumento do nível do mar, exige um acordo de força de lei ao fim da conferência e pediu uma suspensão até que se formasse uma mesa para discutir a questão. A presidente da conferência, a ex-ministra do Ambiente dinamarquesa e futura comissária do clima europeia Connie Hedegaard, cedeu.
Quando os trabalhos foram retomados, a delegação do país se retirou. Ganhou, no entanto, a simpatia imediata de ativistas, que tomaram os corredores do Bella Center, sede da conferência, para exigir um acordo legal e um teto de 1C por século no aquecimento global -os cálculos em que se baseiam as metas negociadas em Copenhague são para um aquecimento de até 2C.
O episódio ilustra também uma divisão crescente entre o grupo de países em desenvolvimento. Os africanos e os insulares querem reduzir o limite para 1,5C, mas não conseguiram angariar a simpatia de todo o G-77.
O heterogêneo grupo, afinal, inclui países exportadores de petróleo, e a obtenção de consenso é penosa. Ainda assim, o negociador-chefe brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo nega um "racha". "Apesar de todas as dificuldades de coordenação é um grupo muito unido."
Para o Brasil, "quanto menor o aquecimento, melhor", disse. Mas apesar de considerarem o pleito dos países mais pobres legítimo, os negociadores brasileiros devem se ater ao limite de 2C ao costurar um acordo. (LC)


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