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foco
Tuvalu, país-ilha com 12 mil habitantes, para cúpula de Copenhague
DA ENVIADA A COPENHAGUE
A minúscula Tuvalu -ilha
com 12 mil habitantes e 26
km2- bloqueou ontem por
duas horas o trabalho de 192
países na conferência do clima em Copenhague, suspendendo suas sessões.
A ilha na Oceania, uma das
mais ameaçadas pelo aumento do nível do mar, exige
um acordo de força de lei ao
fim da conferência e pediu
uma suspensão até que se
formasse uma mesa para
discutir a questão. A presidente da conferência, a ex-ministra do Ambiente dinamarquesa e futura comissária do clima europeia Connie Hedegaard, cedeu.
Quando os trabalhos foram retomados, a delegação
do país se retirou. Ganhou,
no entanto, a simpatia imediata de ativistas, que tomaram os corredores do Bella
Center, sede da conferência,
para exigir um acordo legal e
um teto de 1C por século no
aquecimento global -os cálculos em que se baseiam as
metas negociadas em Copenhague são para um aquecimento de até 2C.
O episódio ilustra também
uma divisão crescente entre
o grupo de países em desenvolvimento. Os africanos e
os insulares querem reduzir
o limite para 1,5C, mas não
conseguiram angariar a simpatia de todo o G-77.
O heterogêneo grupo, afinal, inclui países exportadores de petróleo, e a obtenção
de consenso é penosa. Ainda
assim, o negociador-chefe
brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo nega um "racha".
"Apesar de todas as dificuldades de coordenação é um
grupo muito unido."
Para o Brasil, "quanto menor o aquecimento, melhor",
disse. Mas apesar de considerarem o pleito dos países
mais pobres legítimo, os negociadores brasileiros devem se ater ao limite de 2C
ao costurar um acordo.
(LC)
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