|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Desmatamento causado pelas usinas é "insignificante", diz entidade do setor
DA AGÊNCIA FOLHA
O desmatamento provocado
pela produção canavieira foi
classificado como "insignificante" pelo assessor da comissão nacional de cana-de-açúcar
da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), José Ricardo Severo.
De acordo com ele, a maior
parte das novas plantações de
cana-de-açúcar foram implantadas em áreas antes destinadas para a pecuária. No restante, afirma, a cana aproveitou
terras da produção de grãos.
Severo afirma que a CNA não
foi procurada para evitar o
avanço da cana nas áreas prioritárias para a criação de unidades de conservação.
Entretanto, a CNA afirma
atuar em parceria com o governo federal para implantar o zoneamento agroeconômico pelo
Brasil, o que definirá as áreas
em que a agropecuária receberá incentivos públicos.
Ele diz não acreditar que a
cana ponha em risco o cerrado
e afirma que gado e grãos podem continuar cedendo terras
para o setor sucroalcooleiro
atingir sua meta de ocupar 15
milhões de hectares até 2015.
Severo cita dados da Conab
(Companhia Nacional de Abastecimento) que apontam que a
atual safra da cana ocupa 6,96
milhões de hectares no Brasil.
Enquanto isso, afirma ele, as
pastagens ocupam 120 milhões, e os grãos, 50 milhões.
O assessor também diz não
concordar que a cana possa
causar a migração da pecuária
para a região amazônica. Ele
afirma que a febre aftosa ainda
é um problema na região e que
as dificuldades de transporte
inviabilizam o deslocamento
da atividade.
Procurado, o Ministério do
Meio Ambiente não se pronunciou sobre o assunto.
(PS)
Texto Anterior: Efeito sobre a Amazônia é indireto Próximo Texto: Droga antiartrite tem sucesso em testes contra mal de Alzheimer Índice
|