São Paulo, sábado, 12 de abril de 2008

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outro lado

Desmatamento causado pelas usinas é "insignificante", diz entidade do setor

DA AGÊNCIA FOLHA

O desmatamento provocado pela produção canavieira foi classificado como "insignificante" pelo assessor da comissão nacional de cana-de-açúcar da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), José Ricardo Severo.
De acordo com ele, a maior parte das novas plantações de cana-de-açúcar foram implantadas em áreas antes destinadas para a pecuária. No restante, afirma, a cana aproveitou terras da produção de grãos.
Severo afirma que a CNA não foi procurada para evitar o avanço da cana nas áreas prioritárias para a criação de unidades de conservação.
Entretanto, a CNA afirma atuar em parceria com o governo federal para implantar o zoneamento agroeconômico pelo Brasil, o que definirá as áreas em que a agropecuária receberá incentivos públicos.
Ele diz não acreditar que a cana ponha em risco o cerrado e afirma que gado e grãos podem continuar cedendo terras para o setor sucroalcooleiro atingir sua meta de ocupar 15 milhões de hectares até 2015.
Severo cita dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) que apontam que a atual safra da cana ocupa 6,96 milhões de hectares no Brasil. Enquanto isso, afirma ele, as pastagens ocupam 120 milhões, e os grãos, 50 milhões.
O assessor também diz não concordar que a cana possa causar a migração da pecuária para a região amazônica. Ele afirma que a febre aftosa ainda é um problema na região e que as dificuldades de transporte inviabilizam o deslocamento da atividade.
Procurado, o Ministério do Meio Ambiente não se pronunciou sobre o assunto. (PS)


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