São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010

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Estudo revela como ferro no sangue faz superinfecção piorar

Brasileiros e portugueses também acharam proteína que pode proteger contra a sepse

RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

Um estudo internacional que incluiu pesquisadores brasileiros e portugueses demonstrou como um composto de ferro no sangue pode piorar muito as infecções por certas bactérias.
Mas o trabalho também apontou o caminho para uma solução, ao mostrar que uma proteína conseguiu depurar o sangue de camundongos desse ferro tóxico.
O composto chamado heme aparece no sangue quando os glóbulos vermelhos são destruídos no processo infeccioso. As células liberam então a hemoglobina na corrente sanguínea, e sua degradação produz o heme.
A doença, conhecida como sepse, caracteriza-se pela grande quantidade de micróbios no sangue, levando à exaustão do sistema de defesa do organismo. Nos casos severos, há redução súbita da pressão arterial e falha de órgãos, levando à morte.
O estudo foi chefiado por Miguel P. Soares, do Instituto Gulbenkian, em Portugal, e contou com a participação de André Miguel Japiassú, da Fundação Oswaldo Cruz.
"O papel tóxico do heme já tinha sido notado em outras doenças. Nós estudamos isso no ser humano, fizemos a avaliação de proteínas no sangue de pacientes com sepse", diz Japiassú.
A equipe descobriu que camundongos que não têm a enzima que degrada hemoglobina eram mais suscetíveis a morrerem de sepse. Mas também mostrou que a hemopexina, proteína produzida pelo organismo e capaz de depurar o heme, protegeu os camundongos.


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