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Não há consenso sobre número de ameaçados
DA REPORTAGEM LOCAL
Não há consenso sobre o número real de anfíbios em risco
de extinção no Brasil. Há três
listas com dados divergentes.
A lista oficial do Ibama (órgão ambiental do governo federal), por exemplo, aponta 15 espécies ameaçadas e uma já extinta. No entanto, há quem
conteste a manutenção da espécie Phyllomedusa ayeaye, a
perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada, na relação.
Estudos mostram que as áreas
de distribuição geográfica da
espécie são maiores e que ela
não está ameaçada.
A lista do Ibama foi publicada em 2003 e, depois, o GAA
(Avaliação Global de Anfíbios)
convidou um grupo de brasileiros para fazer nova análise.
A equipe concluiu que o número de espécies sob risco no
país era 24. Alguns pesquisadores questionam a inclusão de
espécie Physalaemus atlanticus, a rãzinha-da-praia, na lista.
Ela pode ser vista na costa Sudeste, de Santos até Parati.
O GAA, porém, ainda fez uma
terceira lista, com um número
bem maior de anfíbios ameaçados no Brasil -a lista tem cerca
de cem espécies. A relação foi
alvo de críticas de brasileiros.
Extinção por fungo
O fungo quitrídio por enquanto não amedronta pesquisadores com a possível extinção de anfíbios no país. Em algumas áreas, como Monte Verde e Camanducaia (MG), os
animais estão muito infectados. No entanto, os sintomas da
doença não têm sido verificados. "O fungo parece atualmente coexistir com várias espécies
sem causar maiores danos", diz
a pesquisadora Ana Carnaval.
Segundo ela, as investigações
continuam, e pesquisadores
envolvidos com o tema em breve terão novos resultados sobre
o parasita em populações brasileiras, inclusive na Amazônia.
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